O Grande Jogo de Esmagar Nações
(John Pilger, O Diário.info, 2021/08/28)
Enquanto um tsunami de lágrimas de crocodilo engolfa os políticos ocidentais, a história é suprimida. Há mais de uma geração o Afeganistão conquistou a sua liberdade, que os EUA, a Grã-Bretanha e os seus “aliados” destruíram.
Em 1978, um movimento de libertação liderado pelo Partido Democrático Popular do Afeganistão (PDPA) derrubou a ditadura de Mohammad Dawd, primo do rei Zahir Shah. Foi uma revolução imensamente popular que apanhou de surpresa ingleses e norte-americanos.
Jornalistas estrangeiros em Cabul, relatou o The New York Times, ficaram surpresos ao descobrir que “quase todos os afegãos que entrevistavam diziam [estar] encantados com o golpe”. O Wall Street Journal relatou que “150.000 pessoas … marcharam em homenagem à nova bandeira … os participantes pareciam genuinamente entusiasmados.”
O Washington Post relatou que “a lealdade afegã ao governo dificilmente pode ser questionada”. Secular, modernista e, em grau considerável, socialista, o governo declarou um programa de reformas visionárias que incluía direitos iguais para mulheres e minorias. Os presos políticos foram libertados e os arquivos da polícia queimados publicamente.
Sob a monarquia, a esperança de vida era de 35 [anos]; 1 em cada 3 crianças morria na infância. Noventa por cento da população era analfabeta. O novo governo introduziu cuidados médicos gratuitos. Foi lançada uma campanha de alfabetização em massa.
Para as mulheres, os ganhos não tinham precedentes; no final da década de 1980, metade dos estudantes universitários eram mulheres, e as mulheres representavam 40% dos médicos do Afeganistão, 70% dos professores e 30% dos funcionários públicos.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2021/08/17
Afeganistão: em três fotos, uns comentários e uma cronologia
Assim muito rapidamente em duas fotos e uma capa roubadas ao Manifesto74: Os combatentes do Ronald Reagan na casa branca com o Santo Ronald Reagan, as raparigas afegãs que os combatentes do Ronald Reagan foram "libertar" ao Afeganistão e o empresário saudita que o Ronald Reagan contratou para recrutar os combatentes que foram libertar as raparigas afegãs nos anos 80 do século XX.
Está tudo nas fotos.
E como os comentadeiros e seus patrões mediáticos tentam desesperadamente iludir a História, aqui ficam, quase todos retirados do Manifesto74, alguns marcos essenciais para compreender o último século afegão:
Nos anos oitenta do século XX o ator Ronaldo e os contratados pelo empresário saudita Osama Bin Laden, em Washington, na Casa Branca, conversam sobre como é que vão libertar as raparigas afegãs que se passeiam por Cabul na foto abaixo. | |
As raparigas afegãs que os contratados do Ronald Reagan iam libertar ainda se passeiam por Cabul, em saia e camisa, nos anos oitenta, antes de serem definitivamente libertadas deste mundo pelo Ronald Reagan seus apaniguados & CIA. | |
Uma reportagem do britânico "The Independent" sobre o empresário saudita Osama Bin Laden que o Ronald Reagan & CIA contrataram para recrutar e treinar os criminosos que foram libertar as raparigas afegãs da foto acima, depois de as ter libertado e de ter começado a pôr os seus contratados no "caminho da paz" que iria, uns anos mais tarde, rebentar com as torres gémeas de quem lhe armou o exército. |
E como os comentadeiros e seus patrões mediáticos tentam desesperadamente iludir a História, aqui ficam, quase todos retirados do Manifesto74, alguns marcos essenciais para compreender o último século afegão:
2019/03/07
São eles contra o mundo ou o mundo contra eles?
Actualmente, na ONU, estão representados 193 estados soberanos, 193 países, 193 governos. Há poucos dias, num artigo d'O Lado Oculto, ficámos a saber que os EUA têm 800 bases militares espalhadas por cerca de 80 países. Agora, noutro artigo da mesma newsletter, Stephanie Savell, da Universidade de Brown, compilou 80 países onde os EUA estão actualmente a "intervir" a coberto daquilo a que eles próprios chamam "guerra global ao terrorismo". As "intervenções" são dos mais variados tipos, desde invasões como a do Afeganistão, da Síria ou do Iraque, passando por destacamentos militares ou missões conjuntas, como na Líbia ou no Iémen, bombardeamentos ou ataques com drones, como no Paquistão, na Tunísia, na Somália, no Mali ou no Quénia, até ao mais genérico guarda chuva das missões de "treino e assistência" a decorrerem em 65 países e onde os "treinadores" e "assistentes" são bastas vezes condecorados com medalhas por "Extrema Bravura em Combate", normalmente atribuídas a quem arrisca a vida em combates fora das casernas e dos campos de treino.
Pergunto-me. A fazerem a guerra, fora de portas, em 80 países, são eles contra o mundo ou é o mundo que não gosta deles?
Guerra dos EUA "Contra o Terrorismo" Trava-se em 80 Países
(Stephanie Savell, TomDispatch/O Lado Oculto, 2019/03/03)
Em Setembro de 2001, a administração de George W. Bush lançou a “Guerra global contra o terrorismo”. Embora o termo “global” há muito tenha desaparecido da designação, eles não estavam a brincar.
Pergunto-me. A fazerem a guerra, fora de portas, em 80 países, são eles contra o mundo ou é o mundo que não gosta deles?
Guerra dos EUA "Contra o Terrorismo" Trava-se em 80 Países
(Stephanie Savell, TomDispatch/O Lado Oculto, 2019/03/03)
Em Setembro de 2001, a administração de George W. Bush lançou a “Guerra global contra o terrorismo”. Embora o termo “global” há muito tenha desaparecido da designação, eles não estavam a brincar.
2018/11/24
O Lado Oculto no Financiamento da Guerra Privada
O Lado Oculto afirma-se, a cada nova semana, como a visão do mundo que faltava ao jornalismo português. Nenhum outro meio de comunicação abordou ainda o fenómeno de privatização da guerra patrocionado, com os nossos impostos, pelas mais altas instâncias da União Europeia do Capital. Fica aqui o artigo d'O Lado Oculto para quem ainda não o leu e para, em futuras refer&ncias, o ter mais à mão.
União Europeia Distribui Bodo aos Mercenários.
(José Goulão; com Pilar Camacho, Bruxelas, O Lado Oculto 2018/11/17)
Cães de guerra? Soldados da Fortuna? Mercenários? Nada disso: "segurança" paga com milhões arrancados dos bolsos de todos nós
José Goulão; com Pilar Camacho, Bruxelas
União Europeia Distribui Bodo aos Mercenários.
(José Goulão; com Pilar Camacho, Bruxelas, O Lado Oculto 2018/11/17)
Cães de guerra? Soldados da Fortuna? Mercenários? Nada disso: "segurança" paga com milhões arrancados dos bolsos de todos nós
José Goulão; com Pilar Camacho, Bruxelas
2018/11/23
Noticias do Mundo Real 2018/11/23
Pelo mundo fora, muito mais acontece do que os lugares comuns martelados pela ideologia dominante dos media corporativos. As lutas por melhores condições de vida na Costa Rica ou no Haiti, os bombardeamentos do eixo do mal (EUA-Israel-Arábia Saudita) sobre a Síria ou da potência invasora sobre a Palestina são apenas algumas das notícias que não veremos nas primeiras páginas de jornais nem imagens nas televisões. Esta foi a semana em que ficámos a conhecer melhor o imenso trabalho dos médicos cubanos no Brasil, um orgulho para a humanidade.
CUBA
A Verdade Sobre os Médicos Cubanos no Brasil: Na semana em que o presidente eleito do Brasil afirmou pretender mudar as condições de prestação de serviços dos médicos cubanos a trabalhar no país, muito se tem escrito sobre o facto de Cuba exportar médicos para regiões do mundo a quem outros preferem vender armas, miséria e morte. Oiçamos o que tem a dizer sobre o tema um dos médicos brasileiros desse programa.
Médicos cubanos: Orgulho da Humanidade: O fascismo brasileiro renunciou à ajuda internacionalista cubana. As más acções ficam com quem as pratica. Yonner González Infante, um médico cubano até há pouco a trabalhar no Brasil, explica ao fascista brasileiro o que é ser homem com coluna vertebral. Cuba continua de pé, orgulhosa da sua independência e de continuar a exportar médicos para onde o capitalismo exporta armas, miséria e morte. (Nocaute)
CUBA
A Verdade Sobre os Médicos Cubanos no Brasil: Na semana em que o presidente eleito do Brasil afirmou pretender mudar as condições de prestação de serviços dos médicos cubanos a trabalhar no país, muito se tem escrito sobre o facto de Cuba exportar médicos para regiões do mundo a quem outros preferem vender armas, miséria e morte. Oiçamos o que tem a dizer sobre o tema um dos médicos brasileiros desse programa.
Médicos cubanos: Orgulho da Humanidade: O fascismo brasileiro renunciou à ajuda internacionalista cubana. As más acções ficam com quem as pratica. Yonner González Infante, um médico cubano até há pouco a trabalhar no Brasil, explica ao fascista brasileiro o que é ser homem com coluna vertebral. Cuba continua de pé, orgulhosa da sua independência e de continuar a exportar médicos para onde o capitalismo exporta armas, miséria e morte. (Nocaute)
2018/02/14
Afeganistão - o exemplo do terrorismo imperialista
Afeganistão, onde as pessoas são o que menos interessa
(António Abreu in AbrilAbril, 2018/02/13)
Falar do Afeganistão, 16 anos depois de as Twin Towers ainda esperarem a verdade desse massacre fundador, é um percurso de dor e de uma consciência que se vai construindo, através das peças de um puzzle onde as pessoas parecem ser o que menos interessa.
Mas também constitui uma oportunidade para recuperar hoje elementos essenciais da situação no Afeganistão para se compreender como tudo surgiu e porque muito ainda se mantém.
A recente série de atentados terroristas no Afeganistão
Há duas semanas, no dia 29 de Janeiro, um ataque suicida perpetrado por cinco atacantes, contra um posto militar em Cabul, próximo da principal academia militar do país, deixou 11 soldados mortos e 15 feridos. Quatro dos atacantes foram mortos ou fizeram-se explodir e um quinto terrorista foi preso. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI, Al-Qaeda e Talibans interpenetram-se num jogo de espelhos comandado por serviços secretos ocidentais que os criaram e/ou assessoraram).
(António Abreu in AbrilAbril, 2018/02/13)
Falar do Afeganistão, 16 anos depois de as Twin Towers ainda esperarem a verdade desse massacre fundador, é um percurso de dor e de uma consciência que se vai construindo, através das peças de um puzzle onde as pessoas parecem ser o que menos interessa.
Mas também constitui uma oportunidade para recuperar hoje elementos essenciais da situação no Afeganistão para se compreender como tudo surgiu e porque muito ainda se mantém.
A recente série de atentados terroristas no Afeganistão
Há duas semanas, no dia 29 de Janeiro, um ataque suicida perpetrado por cinco atacantes, contra um posto militar em Cabul, próximo da principal academia militar do país, deixou 11 soldados mortos e 15 feridos. Quatro dos atacantes foram mortos ou fizeram-se explodir e um quinto terrorista foi preso. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI, Al-Qaeda e Talibans interpenetram-se num jogo de espelhos comandado por serviços secretos ocidentais que os criaram e/ou assessoraram).
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