2021/12/13

Sobre o Rendeiro do Cavaquismo


Mais um vigarista do cavaquistão. A lista é longa: o MOP que deu a ponte vasco da gama à lusoponte antes de ir para ceo da lusoponte, o genro do cavaco que comprou ao cavaco o arena multiusos em saldo e o revendeu a preço de luxo, o assassino de velhinhas que lhes fica com o guito da herança, o esteves que teve de ser posto fora do conselho de estado ao pontapé, a máfia toda do bpn-psd com o oliveira e costa à cabeça, o próprio cavaco que vendeu (just-in-time) as acções do bpn com um lucruzinho jeitoso e enrolou as finanças prestando falsas declarações sobre a vivenda com anexos e marquizes em sede de imi. Bem sei que me estou a esquecer de alguns, mas são tantos e já lá vão tantos anos.

2021/11/16

Cuba Se Respeta

Mais um ato falhado na guerra que os eua movem contra a ilha dos vencedores do impossível. 

Mais um ato falhado da guerra que os eua movem contra Cuba sobre o qual, os momentos de propaganda paga dos canais balsemão & cia, conseguem mostrar uma agente norte-americana vestida de branco, dentro de casa, a filmar, com um smartphone, um grupo de algumas dezenas de cubanos que, do lado de fora do jardim da senhora, alegadamente, a impedem de sair de casa. 

Mas vamos ver as imagens com olhos de ver, ouvir  atentamente o preparado que o jornaleiro de serviço leu, sem se desmanchar a rir, e concluir pelas nossas cabeças. 

A acreditar que os "opositores" não sairam à rua porque ficaram fechados em casa por outros Cubanos, temos de concluir que há uma enorme maioria de Cubanos que se opoem à guerra que os eua movem contra a ilha. 

A acreditar nas imagens daquela encenação, há cerca de 40 Cubanos para cada gusano. Nada mau, 40 para 1, dá vinte para meio, dá 100 apoiantes para 2,5 opositores. 

Qualquer coisa acima dos 98% de Cubanos opõem-se à guerra que os eua movem contra a ilha. Bate certo com os resultados eleitorais, aliás, aparentemente haverá até inúmeros apoiantes que nem vão votar já que as listas sufragadas obêm consistentemente menos de 90% de votos.

Além da sra. vestida de branco, dentro de casa, a filmar-se a sí própria e a emitir para o mundo através dos servidores cubanos, os canais balsemão & cia conseguiram adquirir imagens de dois ajuntamentos de 10 pessoas em duas cidades estrangeiras e, milagre dos milagres, ignorar a concentração de solidariedade com Cuba, frente à embaixada de Cuba, em Lisboa, a cidade mais próxima dos estúdios do caneiro, onde se podem ver, pelas fotografias do MPPC, promotor da manifestação, mais de 100 pessoas com cartazes.

Critério editorial ou tão somente vigarice travestida de notícia?

2021/10/31

Sobre o chumbo provocado pela dupla martelo-governo

Agora, passados uns dias sobre o inevitável e anunciado chumbo, provocado por uma parelha de bilderberguistas: um primeiro ministro que governou com a direita e um escorpiónico presidente de fação que foi dispondo pedras, ameaças e chantagens num caminho eivado de desconfianças, tenho de deixar aqui, para referência futura, uns três ou quatro textos sobre o anunciado assassinio da geringonça e quem lhe espetou as facas, o estado de espirito em que o geringoncídio deixou as esquerdas e o que se pode esperar para um futuro que se quer próximo. Termino com uns números que ilustram bem quem governou à direita com os orçamentos aprovado pela esquerda.

Mas, que fique claro, a "geringonça" foi uma enorme vitória da esquerda. Primeiro, porque permitiu reverter muitos dos crimes praticados ao abrigo do pacto de agressão pelas duas troikas, a externa da ce-bce-fmi, e a interna do cavaco-psd-cds, segundo, porque provou que a esquerda pode e sabe assumir responsabilidades na área da governação, e, finalmente, porque o entendimento à esquerda ficou definitivamente atravessado na garganta da direita que tudo fará para que não se repita. E nós, a esquerda, vamos deixar que outra maioria absoluta faça vir ao de cima o pior do socratismo? Vamos abster-nos e abrir o caminho a uma direita revanchista com sede de sangue? Ou vamos reagir, votar massivamente à esquerda e pugnar por outra oportunidade?
Entretanto proponho-vos reler o Pedro Tadeu, o André Solha e o José Soeiro, pela ordem dos tempos e dos factos. E acabar com uns números do António Filipe.

Quem matou a geringonça?
(Pedro Tadeu, in Diário de Notícias, 2021/10/28)

Quando em 2019 o governo de António Costa aprovou alterações ao Código do Trabalho e passou o período experimental de 90 para 180 dias (mas em que planeta é preciso seis meses para verificar se um trabalhador é competente?!…) deu um tiro de pistola na geringonça.

Quando, nesse mesmo Código do Trabalho, reforçou as possibilidades do patronato ficar livre das regras da contratação coletiva, ao ampliar os motivos para a caducidade dos acordos feitos entre sindicatos e patrões, prejudicando a capacidade de negociação dos trabalhadores, deu um tiro de espingarda na geringonça.

2021/10/29

3 argumentos contra o senso comum da opinação dominante

1. Está por provar que a recusa de continuar a suportar um governo cuja minoria parlamentar votou sistematicamente com o psd (1500 vezes) e apenas 1050-1030 com os partidos que lhe aprovaram os orçamentos, tenha um peso negativo no eleitorado da esquerda. Só as eleições poderão provar isso ou o seu contrário e o coro de pessimismo só reforça a possibilidade de uma profecia auto-realizada.

2. Pedro Tadeu no dn online explica como é que o António Costa dinamitou a geringonça, vale a pena ler para ter uma ideia de como os factos são deturpados pelo coro de senso comum.

3. Se a esquerda, em vez de se perder em exercicios de sectarismo e autocomiseração, se preocupar em olhar os factos de frente, nada obsta a que após as eleições, se separem as águas e se perceba se o ps quer passar a governar à esquerda, com o trabalho, ou a governar à direita com os votos da esquerda. E os factos são a) a direita não ganhou as eleições nem nada, repito n a d a, leva a crer que mesmo toda junta as consiga vencer, nem sondagens, nem estado de espirito da população, nem falta de memória da última experiência governativa da troika-psd-cds. b) o desempenho do governo no debelar da pandemia, bem explorado, pode valer-lhe votos, assim consiga ultrapassar o rubicão dos media corporativos, clara e ideologicamente militantes contra o ressurgimento de uma geringonça. c) o papel da esquerda na melhoria dos orçamentos só não é óbvio para os media corporativos, cabe-nos, a nós, esquerda, desmascarar a campanha de intoxicação sobre "a desgraça" que, na minha modesta opinião, não é mais do que a desejo realizado do pm (por umas razões) e do presidente-de-fação (por outras), e a experiência diz-me que o António Costa é um estratega da 1ª liga, ao passo que o martelo não passa de um intriguista algo incapaz que precisou de 20 anos a opinar nas televisões para chegar a presidente.

2021/10/26

Sobre o OE de 2022, A(provações) e Desa(provações)

Sobre convergências, divergências, quem quer e quem não quer orçamentos e a realidade das negociações:

- Em 2020 PCP propôs que o Salário Mínimo Nacional subisse para os 850€
- O governo não aceitou nem em 2020 nem em 2021.
- Em Março deste ano o governo propôs um SMN de 705€ para 2022
- O PCP convergiu e propôs-se aceitar um SMN de 800€ para 2022
- O Governo recusa a proposta
- O PCP convergiu ainda mais e propôs começar o ano com o SMN nos 750€ e crescer ao longo do ano para terminar 2022 nos 800€.
- O Governo mantém a intransigência dos 705€ em 2022.

Quem converge, quem diverge, quem quer e quem não quer acordos?

Sobre a Dedicação Exclusiva dos médicos no Serviço Nacional de Saúde:

- O PCP propôs 50% de majoração da remuneração pela dedicação exclusiva, majoração de 25% do tempo de serviço para efeitos de progressão nas carreiras, orçamentação e regulamentação para entrada em vigor em 1 de janeiro de 2022.
- O governo contrapropõe que fique inscrito no orçamento a regulamentação ao longo do 1º trimestre do ano.
- Quem não se lembra das regulamentações sucessivamente cativadas ao longo de 2020 e 2021?
«O SNS já está, hoje, numa situação de rutura, ou há avanços no sentido de resolução dos problemas já, hoje, ou daqui por um ano já não haverá nada a fazer.» (João Oliveira, RTP2)

Sobre as alegadas oportunidades perdidas:

- O Governo afirma: sem orçamento lá se vão os 10 euros de aumento dos reformados.
«O PCP lutou pelos 10 euros porque isso era um mínimo dos mínimos. O que diriam os reformados se, depois de terem 10 euros de aumento, tivessem de pagar 30 euros por uma consulta no privado porque o SNS não dá resposta? Ou vissem a renda aumentar em 100 euros porque os aumentos de renda não forma regulamentados?» (João Oliveira, RTP2)

2021/10/20

Faleceu outro assassino

Que a terra lhe seja pesada

Faleceu o militar que enganou o conselho de segurança da ONU com um frasquinho de análises à urina.

Pró fim da vida dele, diz ele que foi enganado pelos serviços de informação do presidente dele.

Arrependeu-se muito.

Acho que não foi o suficiente para ressuscitar as centenas de milhares de mortos pelo engano com que ele enganou a ONU.

Fiquei preocupado não fosse ele dar de caras com algum dos que matou, mas depois lembrei-me que a grande maioria dos assassinados subiu de elevador enquanto ele, de acordo lá com o credo dele e dos presidentes dele, vai descer uma escadaria muito grande.

Espero que nunca deixe cair o sabonete, ouvi dizer que a maior parte do pessoal que vai pela escadaria abaixo não gosta de gente que mata crianças. Foi o que me contaram.

2021/10/06

Nos 73 anos de mais um acto terrorista da CIA contra a ilha dos vencedores do impossível


Nos carris

(Carlos Coutinho, facebook)

FAZ hoje 47 anos que, no trajeto Barbados-Jamaica, duas bombas colocadas pela CIA rebentaram no porão do avião cubano que partiu da Venezuela com 73 pessoas a bordo. Entre os destroços do voo 455 da Cubana de Aviación foram encontrados os cadáveres desfigurados de toda equipa de esgrima juvenil cubana que acabara de conquistar em Caracas a maioria das medalhas de ouro no campeonato latino-americano realizado naquele país.

Perpetrou o atentado um cubano nascido em Cienfuegos, Luís Possada Carriles, que realizou muitos mais, sobretudo em hotéis de Havana, com mortos e feridos, de que se gabou numa entrevista de televisão. Finou-se no maior conforto e em liberdade no dia 23 de maio de 2018, em Miami, apesar de ter sido várias vezes reclamada e recusada a sua extradição. Nesse grupo de vítimas de Carriles estavam 57 cubanos, 11 guianenses e 5 norte-coreanos.

(Convém não esquecer, porque ainda há poucos dias todos ficámos comovidíssimos com a lancinante dor norte-americana, europeia e pluriocidental face à novela do avião que saindo de Viena, não foi derrubado, mas teve de fazer escala na Bielorrússia para aí largar um terrorista com muito sangue nas mãos currículo bem conhecido.)

A NSA (National Security Archieve) tem como missão tornar públicos documentos secretos do governo de Washington, segundo os prazos legalmente estabelecidos, entre os que já deixou ler está um em que pode ver-se que os explosivos iam camuflados em tubos de pasta dentífrica, um pormenor irrelevante mas que dá graça à narrativa.

Ao serviço da CIA desde 1965, Carriles nacionalizou-se venezuelano e foi também informador do DISIP (serviços secretos da Venezuela). Organizou tentativas de assassínio de Fidel Castro, diversas sabotagens em Cuba e a entrega de armas aos Contras nicaraguenses que lutavam contra a Revolução Sandinista. Os últimos anos da sua vida na Flórida foram de glória e bem-estar, à sombra de Bush, de Obama, do seu vice-presidente Joe Biden e de Trump, como é da boa tradição norte-americana.

Memorial dos 73 mortos de Luís Posada Carriles, ao serviço da CIA, em Georgtown, Barbados

2021/10/04

Ele Há Coisas Levadas da Breca


Ontem adormecemos com o suave zumzum de mais um escândalo de ciclópicas proporções.

Vejamos os números.

4,9 TeraBytes de informação com 12 milhões de documentos desvendam algumas das legais e ilegais falcatruas perpetuadas por 35 chefes de estado, 14 deles em funções, 300 funcionários de diferentes instituições nacionais e internacionais, desde bancos centrais ao FMI, e 100 multimilionários que movimentaram 18 biliões de euros, 18 mil milhões de euros, uma bazuca e meia de milhões de euros através de paraísos fiscais. Através daquelas ilhas e estados e cidades estado que prometem discrição e anonimato umas centenas de detentores de vasto capital decidiram pagar menos impostos que o comum dos mortais, uns de formas mais legais do que éticas outros de formas claramente ilegais.

Hoje regressamos de almoço sem redes sociais. Facebook, Instagram e WhatsApp primeiro, Tinder, TikTok, Telegram e restante socialite ao longo da tarde.

Diz-que-era dos servidores de DNS, mas afinal diz-que-foi uma reconfiguração do servidor mal feita.

Lá bem feita ou mal feita «Pero que las ai las ai ...»

E enquanto vão e vêem, vamos aqui deixando alguns nomes de alguns dos envolvidos na fuga de servidores, tudo boa gente, tudo muito idóneo, muito direito, muito neo-liberal:
Morais Sarmento (psd)
Manuel Pinho (ps)
Vitalino Canas (ps)

Abdalá II (rei jordano)
Corinna Larsen (testa de ferro de Juan Carlos I)
Dominique Strauss-Kahn (neo-liberal, ex-director do FMI)
Guilherme Lasso (presidente equatoriano - neoliberal)
Juan Carlos I (ex-rei espanhol)
Paulo Guedes (direita neoliberal - ministro da economia do Bolsonaro)
Roberto Campos Neto (direita neo-liberal - presidente do banco central brasileiro)
Sebastian Piñera (presidente chileno - neoliberal)
Tony Blair (cripto-neoliberal pseudo-trabalhista)
Vargas Llosa (direita neo-liberal peruana)

2021/09/02

A Festa do Avante (re)Começa Amanhã!

A Festa do Avante! por quem lá vai todos os anos, desde 1976
(Catarina Pires, Diário de Noticias, 2020/09/05)

A multidão da primeira Festa, na antiga FIL, e a rampa cheia do Jamor, o Chico Buarque e a chuvada no Alto da Ajuda, as moscas de Loures, o porto seguro da Atalaia e a certeza de que este ano é mais importante do que nunca fazer a Festa. O Avante! nas palavras de quatro veteranos.

Era madrugada quando chegou a Alcântara, à antiga FIL, numa camioneta vinda de Castelo Branco, onde participava nas campanhas de alfabetização do Movimento Alfa. Manuel Pires da Rocha, 58 anos, músico e violinista da Brigada Victor Jara, tinha 14 anos e muito sono naquele dia que voltava a ser inicial inteiro e limpo. Depressa acordou.

"Foi brutal porque aquilo era imenso. Estamos a falar de Portugal em 1976, pouco depois do 25 de novembro. O contexto histórico de fim de revolução amplia o que foi a realização da primeira Festa do Avante! Lembro-me de me sentir um gajo grandíssimo, embora só tivesse 14 anos. O primeiro impacto foi logo à entrada - ainda guardo a EP - e depois lá dentro foi o delírio. Nunca tinha visto - nem eu nem ninguém - tantos palcos, tantos concertos, tantas coisas ligadas à revolução, entrávamos e éramos logo levados pela multidão, entre o aperto e a euforia".

2021/08/28

Afeganistão? Tenham vergonha já que vos falta tudo o resto!

O Grande Jogo de Esmagar Nações
(John Pilger, O Diário.info, 2021/08/28)

Enquanto um tsunami de lágrimas de crocodilo engolfa os políticos ocidentais, a história é suprimida. Há mais de uma geração o Afeganistão conquistou a sua liberdade, que os EUA, a Grã-Bretanha e os seus “aliados” destruíram.

Em 1978, um movimento de libertação liderado pelo Partido Democrático Popular do Afeganistão (PDPA) derrubou a ditadura de Mohammad Dawd, primo do rei Zahir Shah. Foi uma revolução imensamente popular que apanhou de surpresa ingleses e norte-americanos.

Jornalistas estrangeiros em Cabul, relatou o The New York Times, ficaram surpresos ao descobrir que “quase todos os afegãos que entrevistavam diziam [estar] encantados com o golpe”. O Wall Street Journal relatou que “150.000 pessoas … marcharam em homenagem à nova bandeira … os participantes pareciam genuinamente entusiasmados.”

O Washington Post relatou que “a lealdade afegã ao governo dificilmente pode ser questionada”. Secular, modernista e, em grau considerável, socialista, o governo declarou um programa de reformas visionárias que incluía direitos iguais para mulheres e minorias. Os presos políticos foram libertados e os arquivos da polícia queimados publicamente.

Sob a monarquia, a esperança de vida era de 35 [anos]; 1 em cada 3 crianças morria na infância. Noventa por cento da população era analfabeta. O novo governo introduziu cuidados médicos gratuitos. Foi lançada uma campanha de alfabetização em massa.

Para as mulheres, os ganhos não tinham precedentes; no final da década de 1980, metade dos estudantes universitários eram mulheres, e as mulheres representavam 40% dos médicos do Afeganistão, 70% dos professores e 30% dos funcionários públicos.

2021/08/17

Afeganistão: em três fotos, uns comentários e uma cronologia

Assim muito rapidamente em duas fotos e uma capa roubadas ao Manifesto74: Os combatentes do Ronald Reagan na casa branca com o Santo Ronald Reagan, as raparigas afegãs que os combatentes do Ronald Reagan foram "libertar" ao Afeganistão e o empresário saudita que o Ronald Reagan contratou para recrutar os combatentes que foram libertar as raparigas afegãs nos anos 80 do século XX. 

Está tudo nas fotos.
Nos anos oitenta do século XX o ator Ronaldo e os contratados pelo empresário saudita Osama Bin Laden, em Washington, na Casa Branca, conversam sobre como é que vão libertar as raparigas afegãs que se passeiam por Cabul na foto abaixo.
As raparigas afegãs que os contratados do Ronald Reagan iam libertar ainda se passeiam por Cabul, em saia e camisa, nos anos oitenta, antes de serem definitivamente libertadas deste mundo pelo Ronald Reagan seus apaniguados & CIA.
Uma reportagem do britânico "The Independent" sobre o empresário saudita Osama Bin Laden que o Ronald Reagan & CIA contrataram para recrutar e treinar os criminosos que foram libertar as raparigas afegãs da foto acima, depois de as ter libertado e de ter começado a pôr os seus contratados no "caminho da paz" que iria, uns anos mais tarde, rebentar com as torres gémeas de quem lhe armou o exército.


E como os comentadeiros e seus patrões mediáticos tentam desesperadamente iludir a História, aqui ficam, quase todos retirados do Manifesto74, alguns marcos essenciais para compreender o último século afegão:

2021/05/24

Morreu um Jornalista

Na morte de Carlos Santos Pereira 

Morreu um jornalista de política internacional como já não há

Nazismo e estalinismo : um debate viciado
(Carlos Santos Pereira, 6 de Dezembro de 2019, Público)

A resolução do Parlamento Europeu que há dez anos criou o Dia da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo veio dar uma nova dimensão a uma polémica que se arrasta há décadas, ao apadrinhar as teses que equiparam os dois regimes como expressão do mesmo fenómeno político.

A controvérsia tem um marco fundador na publicação, em 1952, de The Origins of Totalitarism, em que Hannah Arendt identifica os regimes de Adolfo Hitler e de José Estaline como expressão acabada de uma realidade política inteiramente nova e distinta de outros tipos de despotismo ou ditadura: o “totalitarismo". Entre os elementos que identificam o fenómeno totalitário Arendt sublinha a emergência de um líder absoluto e alvo de um culto da personalidade, a propaganda em larga escala para mobilizar e doutrinar as massas, o recurso sistemático à violência, ao terror e em particular aos campos de concentração.

2021/03/07

Saúde Cubana - exemplo de humanismo


Os contributos de Cuba na luta contra a pandemia de covid-19
 

«Eles descobriram armas inteligentes. Nós descobrimos algo mais importante: as pessoas pensam e sentem.» – Fidel Castro

A pandemia de COVID-19 tem revelado o fracasso da maioria dos países capitalistas ocidentais nas suas políticas de saúde pública. Décadas de austeridade neoliberal, de cortes induzidos pelo FMI e pelo Banco Mundial em programas de saúde e educação, mostram agora os seus resultados em números alarmantes de contágio e de mortes espalhando-se pela América Latina, Europa e sobretudo pelos EUA. 

No ocidente, Cuba tem dado um exemplo de eficiência e mostrado que um outro caminho é possível na luta contra a pandemia. Os números falam por si, basta compararmos Cuba com outros países ou mesmo grandes cidades com populações semelhantes para termos um quadro muito claro da diferença nos resultados. Com uma população de cerca de 11.350.000 pessoas, Cuba teve até agora – 21 de Fevereiro – 45.361 casos acumulados de COVID-19 com 300 mortes. A cidade de Nova York, com cerca de 18.800.000 de habitantes, tem um total acumulado de 700.815 casos com 28.888 mortes. A Suíça, com uma população menor que a de Cuba, cerca de 8.600.000 pessoas, tem 550.224 casos acumulados de COVID-19 com 9.226 mortes. 

2021/02/05

Mais depressa se apanha um coxo

Foi só apanharem-se com poleiro para podermos ver, outra vez, como é no país dos iliberais laranjinhas & achegados. 

2021/01/31

Era uma vez umas negociatas mal contadas

Dois exemplos do paraiso neoliberal.

E vai um. Uma farmacêutica (privada) a quem a UE pagou, com o nosso dinheiro, o desenvolvimento (privado) de uma vacina (privada), não quer cumprir o contrato com a UE porque na loja do lado lhe pagam mais pela vacina (privada). Quem se escandaliza com o negócio (privado) ainda não percebeu que as farmacêuticas (privadas) não se meteram no negócio das vacinas para acabar com a doença mas sim para lucrar com a doença. São os mercados a funcionar meus filhos, são os mercados.

2021/01/21

Sobre o regime de partido único em vigor nos eua

A propósito do dia em que Biden tomou posse e Trump regressou ao reality show da sua vidinha, Jorge F. Seabra escreveu o texto que a seguir se transcreve.

As eleições presidenciais nos Estados Unidos, talvez pela possibilidade (não concretizada) de Trump vencer, despertaram comentários críticos à estruturação política dos USA, vindos de meios que, em condições "normais”, quase sempre os omitem. De facto, qualquer reserva quanto ao processo eleitoral norte-americano ou à sua lei fundamental, é habitualmente apagada pelos grandes meios de comunicação social e essa omissão torna-se ainda mais notória quando se trata de justificar o papel assumido pelos Estados Unidos de “polícia do mundo” e a sua ingerência em países soberanos a pretexto da defesa dos “direitos humanos”.

2021/01/19

A Referência Também Apoia A candidatura de João Ferreira

 O João Ferreira clarifica – Manifesto74 
(Bruno Carvalho - Manifesto74 - 2021/01/17)

Foi há poucos dias. Depois de escrever uma reportagem sobre o frio que os portugueses passam em casa, um dos entrevistados contou-me que uma mulher havia deixado de dar sinais de vida há poucos dias na aldeia dos seus pais, na Guarda. Cá fora, a vida decorria normalmente, como se nada fosse, mas atrás da porta, o corpo desta mulher estava em hipotermia e só foi descoberto depois de arrombarem a porta.

É assim o debate político. A narrativa mediática é que determina a campanha. Com sondagens para os gostos de alguns, debates que mais pareceram entrevistas e entrevistas que mais pareceram debates, assim como programas com comentadores ligados ao arco do poder, as eleições são um jogo viciado em que não há pé de igualdade entre candidatos. Cá fora, a vida decorre normalmente. Mas atrás dos cortinados, nos bastidores, há um país ligado às máquinas.

2021/01/02

Sobre a Guerra em Curso


O vírus mais letal não é o Covid-19 — é a guerra 
(John Pilger, in Resistir, 14/12/2020) 

O Memorial das Forças Armadas britânicas é um lugar silencioso, fantasmagórico. Localizado na beleza rural de Staffordshire, num arvoredo de umas 30 mil árvores e relvados envolventes, suas figura homéricas celebram determinação e sacrifício. Os nomes de mais de 16 mil soldados britânicos estão ali listados. A literatura diz que “morreram no teatro de operações ou foram alvos de terroristas”. 

No dia em que estive ali, um pedreiro estava a acrescentar novos nomes àqueles que haviam morrido em cerca de 50 operações por todo o mundo durante o período que é conhecido como “tempo de paz”. Malásia, Irlanda, Quénia, Hong Kong, Líbia, Iraque, Palestina e muitos mais, incluindo operações secretas tais como as da Indochina.