Acabada de ler a crónica dominical de um social-democrata, ali ao lado, na estátua de sal, ficou-me na boca um amargo travo a touradas. Não pelo que ele escreve, mas pelo que não diz numa crónica lúcida, sucinta e, no entanto ...
... sendo o jornalismo uma mistura de capital e seres humanos, o primeiro continuará factualmente amarrado à maximização da apropriação da mais valia e, os jornalistas, sujeitos a vender a mão de obra a preço de mercado, desvalorizado pelo corpo do "lumpen-estagiárius", o que, trocado por miúdos, significa cada vez mais jornaleirismo "à là" correio da manha, escrevinhado por quase-analfabetos sobre-explorados. Até quando? Até surgir um partido comunista que consiga ver na proletarização dos jornalistas uma componente do proletariado no contemporâneo imperialismo globalizado.
... a mui-modernaça Auto Europa continua a escoar a produção com mão de obra mafiosa, escoltada por policias alugados. Maximização da apropriação-privada-da-mais-valia-socialmente-produzida oblige, o que trocado por miúdos, significa "exploração do proletariado" a quanto obrigas.
... e sim, sem dúvida, as outras mil e uma propostas aprovadas (pelo centro-esquerda pcp-be-ps) e rejeitadas (com votos contra da extrema-direita ps-psd-cds) são muito mais importantes, para as muitas faces do proletariado contemporâneo, do que os 7 pontos percentuais de desconto, mas foram esses 7 pontos percentuais de prémio, para as exibições sanguinolentas, a deixar-me esta amargura. Tudo porque porque os meus camaradas ainda não perceberam que são a vanguarda do proletariado e por onde anda hoje esse proletariado.
«Só há liberdade a sério quando houver a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Só há liberdade a sério quando pertencer ao povo o que o povo produzir.»(Sérgio Godinho)
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2018/12/01
2018/11/30
Um Balanço para Futura Referência

(*)
Rej. : Rejeitada com votos contra dos
Parc. : Parcialmente
2017/11/15
PCP ou PSD: Trabalho ou Capital?
«A par da descida do IRS para os rendimentos mais baixos e intermédios, o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) é uma oportunidade para definir como se devem tratar os grandes accionistas e especuladores: menos ou mais impostos?»
Impostos para milionários: quem quer subir, quem quer descer
(AbrilAbril, 2017/11/15)
[...] O PSD apresentou as suas propostas de alteração ao OE2018, onde se destacam as reduções de impostos para as empresas, os grandes grupos económicos e os accionistas e especuladores bolsistas. No caso dos últimos, o partido quer uma redução da taxa dos actuais 28% para 23% até 2020.
Esta taxa é aplicada aos rendimentos de capital (como dividendos ou mais-valias com a venda de acções) e prediais, que fogem assim às taxas normais do IRS: tanto faz que sejam 5 mil ou 50 milhões de euros, a taxa é a mesma.
Também ontem, deu entrada uma outra proposta de alteração ao OE2018, do PCP, em sentido contrário: obrigar o englobamento desses rendimentos quando sejam superiores a 100 mil euros.
O que isso significa?
Impostos para milionários: quem quer subir, quem quer descer
(AbrilAbril, 2017/11/15)
[...] O PSD apresentou as suas propostas de alteração ao OE2018, onde se destacam as reduções de impostos para as empresas, os grandes grupos económicos e os accionistas e especuladores bolsistas. No caso dos últimos, o partido quer uma redução da taxa dos actuais 28% para 23% até 2020.
Esta taxa é aplicada aos rendimentos de capital (como dividendos ou mais-valias com a venda de acções) e prediais, que fogem assim às taxas normais do IRS: tanto faz que sejam 5 mil ou 50 milhões de euros, a taxa é a mesma.
Também ontem, deu entrada uma outra proposta de alteração ao OE2018, do PCP, em sentido contrário: obrigar o englobamento desses rendimentos quando sejam superiores a 100 mil euros.
O que isso significa?
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