2018/01/22

Sobre o anticomunismo

A “ameaça vermelha”: medo e paranoia anticomunista
(Daniel Trevisan Samways in cafehistoria, 2017/01/22)

Surgido no século XIX, o anticomunismo consolidou-se como um poderoso discurso político no século XX e parece ainda estar vivo no nosso tempo.

Na polarização política que vem ganhando força no país – e, talvez, no mundo – alguns velhos bordões anticomunistas reaparecem como que vindos diretamente do período da Guerra Fria. Ou da década de 1930. Ou quem sabe de antes. E com isso, importantes perguntas tornam a emergir: o anticomunismo é uma característica exclusiva dos discursos “de direita”? Continuam sendo alimentados – e propagados – mais por um imaginário aterrorizante do que por referenciais teóricos e práticas ou ameaças reais? Que ações de exceção estes discursos legitimam?

Essas perguntas não são novas – fazem parte das investigações na área interdisciplinar que podemos chamar de “estudos sobre o anticomunismo” há bastante tempo –, mas demonstram a necessidade de compreender o fenômeno do anticomunismo em seu caráter histórico. E este é o objetivo principal desse artigo que, ao levantar algumas questões, pode também lançar algumas luzes sobre o presente.



Antes de começarmos, no entanto, vale chamar a atenção para o fato de que muito dos discursos anticomunistas são caracterizados não só por oposição ao comunismo – doutrina político-econômica surgida no século XIX no contexto da Revolução Industrial e que visava combater a exploração da classe trabalhadora, almejando, ainda, uma sociedade sem classes –, como também a outras ideias e um “amálgama do mal” a ser combatido. Essas outras ideias variam com as circunstâncias do momento histórico e do local. É comum no Brasil, por exemplo, associar o comunismo a pautas sociais “progressistas” por conta das circunstâncias das disputas políticas.

O que é o anticomunismo?

O anticomunismo é um fenômeno histórico que remonta ao século XIX, sendo encontrado tanto na Europa quanto na América. Está presente não apenas em discursos que pregam a perseguição de comunistas, mas também num conjunto de ideais em defesa da propriedade privada que colocam o comunismo como uma ameaça à democracia1 – segundo alguns discursos liberais, a democracia seria possível apenas no capitalismo.2

Na obra Dicionário de Política, Luciano Bonnet afirma que o anticomunismo pode ser entendido não somente como um conjunto de ideias do campo das “direitas”3 contrárias ao comunismo, mas sim como um fenômeno muito mais complexo e também com uma grande pluralidade.4 O autor aponta que existem anticomunismos de origem fascista, clerical ou reacionário, os quais podem desencadear ações de violência, pois parte de seu discurso e prática consistem na oposição ferrenha aos comunistas e à caracterização destes como fonte de todo tipo de malefícios, por exemplo, na encíclica Divinis Redemptoris, de 1937, na qual o papa Pio XI afirmava que “vós, sem dúvida, Veneráveis Irmãos, já percebestes de que perigo ameaçador falamos: é do comunismo, denominado bolchevista e ateu, que se propõe como fim peculiar revolucionar radicalmente a ordem social e subverter os próprios fundamentos da civilização cristã.”5 Hitler, por sua vez, afirmou, durante o processo eleitoral de 1933, que o marxismo era o principal inimigo do movimento nazista. “Jamais, jamais me desviarei da tarefa de esmagar o marxismo… Só pode haver um vencedor: ou o marxismo ou o povo alemão! E a Alemanha triunfará!”6 Bonnet afirma ainda que é possível encontrar o anticomunismo no meio liberal e até dentro do próprio espectro de “esquerda”, mais próximo aos ideais socialdemocratas, que defendem uma economia mais livre do controle estatal.

O historiador Michael J. Heale ressalta que, desde o século XIX, o anticomunismo já permeava o ideal republicano de segurança nos Estados Unidos. Mas é no século XX, sobretudo após a Revolução Russa de 1917, que o anticomunismo se tornou uma das forças políticas mais importantes e influentes no mundo, responsável por nortear uma poderosa estratégia do chamado “mundo ocidental” contra o comunismo, principalmente aquele vindo da recente União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.7 Um relevante aspecto para entender esse destaque que as ideias anticomunistas ganharam é compreender a própria mensagem anticomunista e os canais que ela utiliza.

Anticomunismo e mensagens para massas

No contexto da Guerra Fria – que podemos definir, resumidamente, como o período após a Segunda Guerra mundial (1945) e a queda do Muro de Berlim (1989), e marcado pela disputa entre um bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e outro socialista, liderado pela União Soviética8–, os estadunidenses tornaram-se os principais propagadores de uma cultura anticomunista, embora não tenham sido os únicos. Para isso, valeram-se da recém-criada indústria cinematográfica, das histórias em quadrinhos e da imprensa:9 por meio da cultura e do entretenimento, os meios de comunicação de massas permitiram às ideias anticomunistas um alcance muito mais amplo que no passado.

O cinema, as artes e a literatura retrataram os comunistas como seres maléficos, sem alma ou coração, incapazes de amar e atuando apenas por meio de “orientações de Moscou”.

Porém, para a construção do imaginário anticomunista, a forma como o comunismo era representado é tão (ou mais) importante quanto os canais que faziam circular as informações. O cinema, as artes e a literatura retrataram os comunistas como seres maléficos, sem alma ou coração, incapazes de amar e atuando apenas por meio de “orientações de Moscou”. Assim, a figura do “inimigo” do mundo ocidental e seus “valores”, entre eles a democracia, ganhou no período um rosto e uma personalidade. Vale destacar a ironia histórica: os argumentos anticomunistas viriam a alimentar o rompimento com a democracia em diversos regimes ocidentais capitalistas.

É importante ressaltar que muitas pessoas acreditavam, de fato, que os comunistas, tal como se via nos filmes, eram capazes das piores atrocidades. Aquilo que pode ser visto hoje como uma paranoia, uma distorção do real, era visto como uma verdade por milhões de pessoas que acreditavam – e ainda acreditam – no poder e na falta de escrúpulos dos comunistas.

Paranoia: caça às bruxas e os mitos de complô

Uma das grandes preocupações dos governos ocidentais era a capacidade de disfarce dos comunistas. Eles poderiam estar em todos os lugares, nas igrejas, na televisão, nas escolas e universidades, no campo ou infiltrados nos governos. Alguns cineastas ironizaram esse discurso, caso do diretor Stanley Kubrick, que no filme Dr. Strangelove (1964) representou o exagero e até mesmo a irracionalidade do discurso anticomunista. No filme, o general Jack Ripper acreditava que os russos haviam contaminado a água dos Estados Unidos e ordena um ataque. Por mais que o enredo retratasse uma ameaça real – a possibilidade de uma guerra nuclear entre URSS e EUA e a destruição do mundo – por outro, abordava com grande ironia a paranoia anticomunista.


Capa de um “comic book” de 1947, nos Estados Unidos, joga com um futuro onde o país é dominado por comunistas. Imagem: Wikipedia.
Porém, o anticomunismo não pode ser visto como uma manifestação política irracional. Se os filmes retratavam o caráter maligno e ardiloso dos comunistas, na vida real o governo estadunidense também acreditava nisso. Não fortuitamente, foi criado, em 1938, o “Comitê de Atividades Antiamericanas”, que além de investigar funcionários públicos, foi para Hollywood a procura de atores e diretores supostamente comunistas.

Fazendo um paralelo com a análise do historiador Raoul Girardet, em Mitos e mitologias política¸ é possível afirmar que o “mito do complô” (que é bastante antigo na História) foi reforçado durante a Guerra Fria, agora através dos “soldados de Moscou”. Segundo Girardet, para que um complô tenha êxito é necessário conectá-lo a elementos negativos, que nos remetam a pesadelos, animais perigosos e peçonhentos, com garras e presas, das quais é impossível escapar, ou um monstro que nos devora e nos despedaça.10

No caso do complô anticomunista, o monstro em questão vestia vermelho e defendia o fim da propriedade privada. Essas questões nos levam a pensar em que medida os sentimentos podem adentrar o espaço do político e mobilizar ações bastante práticas no cotidiano social – afinal de contas, o temor anticomunista gerou táticas de guerra, produção de manuais de combate e tortura, além do treinamento de agentes (nem sempre) secretos, com o apoio de parte da sociedade civil.11

Duas expressões do anticomunismo no Brasil: passado e presente

Para discutirmos a circularidade das ideias comunistas no Brasil, vamos nos voltar para duas datas importantes: 19 de março de 1964 e 15 de março de 2015. Veremos que o país passa por momentos diferentes, mas o povo vai às ruas por insatisfação com seus representantes eleitos e, em meio a tantas vozes, parte dos movimentos organizados que lideraram ou convocaram a população também se utilizam de discursos anticomunistas, acusando os governantes, além de corrupção e inabilidade econômica, de proximidade com o comunismo.

Em 15 de março de 2015, aproximadamente 1 milhão de pessoas foram às ruas pedindo a saída da então presidenta Dilma Rousseff em todo o país. Além dos discursos contra o Partido dos Trabalhadores e seus líderes, era possível ouvir gritos pedindo a volta dos militares e o combate ao comunismo.12 Em São Paulo, a manifestação, organizada por diferentes movimentos, como Movimento Brasil Livre, Vem Pra Rua e Revoltados Online, contou com carros de som do chamado movimento SOS Forças Armadas, o qual abriu seus microfones a Carlos Alberto Augusto, antigo agente do DEOPS-SP e conhecido como Carlinhos Metralha.13 Saudado por militares da ativa e aplaudido por manifestantes, Metralha gabou-se de tirar mais de 800 fotos com manifestantes com um cartaz “quero ser ouvido pela Omissão da Verdade”, e também afirmou “o que eles querem no Brasil é um regime comunista” . Não foi o único. Frases como “a nossa bandeira jamais será vermelha”, “livrai-nos do comunismo”, “fora comunismo”, “intervenção militar já” estavam escritas em diversos cartazes. No fim do ato, Fábio Pereira Simão, um dos manifestantes pró-intervenção, quase sem voz pediu socorro em frente ao Comando Militar do Sudeste-SP.

Um ano depois, o discurso anticomunista ganharia mais força não só durante o processo de impeachment, mas também em torno de discussões do projeto Escola “Sem” Partido e daquilo que setores conservadores denominam erroneamente como “ideologia de gênero”.

Um ano depois, o discurso anticomunista ganharia mais força não só durante o processo de impeachment, mas também em torno de discussões do projeto Escola “Sem” Partido e daquilo que setores conservadores denominam erroneamente como “ideologia de gênero”.14 Para eles, estaria em curso, não somente no Brasil, uma suposta estratégia dos comunistas para destruir as famílias, a moral e os bons costumes. Espaços públicos, universidades, imprensa e as artes estariam dominadas por “segmentos marxistas”, demonstrando “sinais de que o marxismo cultural é o ópio da universidade contemporânea.”15 Na votação pela abertura do processo de impeachment em 17 de abril de 2016, o deputado Jair Bolsonaro declarou seu voto afirmando que “”Perderam em 64. Perderam agora em 2016. Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula, que o PT nunca teve. Contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff.”16

Recuando no tempo para 19 de março de 1964: ocorreu na cidade de São Paulo a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, seis dias após o comício do presidente João Goulart na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em defesa das Reformas de Base. Estima-se que mais de 500 mil pessoas estiveram na Praça da Sé, na capital paulista, protestando pela saída de Jango e contra o comunismo. Era possível ler frases como “Verde amarelo sem foice nem martelo”, “o Brasil não será uma nova Cuba”, “comunismo não, democracia sim”. O mês de março foi o ponto alto de um processo de grandes tensões que vinham desde a renúncia de Jânio Quadros, em 1961.17 Importantes atores, como a Igreja Católica, associações de mulheres, empresariado, políticos de oposição e o governo dos Estados Unidos, se articulavam contra Jango e acreditavam que o presidente se aproximava cada vez mais das esquerdas, do movimento trabalhista e sindical, bem como dos comunistas, principalmente por conta das chamadas “Reformas de Base”, conjunto de reformas políticas e sociais que visavam retirar o Brasil do subdesenvolvimento. Em 31 de março, o movimento militar teve início em Minas Gerais e marchou para o Rio de Janeiro. Dois dias depois, era decretada vaga a Presidência da República, às 3h45 da madrugada do dia 2 de abril.

Guardadas as devidas particularidades, os dois momentos históricos têm em comum o resgate de um inimigo: o monstro comunista. Mesmo que os dois processos de ruptura democrática tenham ocorrido pela conjunção de vários fatores – políticos, econômicos e sociais – e pela articulação de diferentes forças, o discurso anticomunista ganhou relevância tanto em 196418, quanto em 201619. Contudo, ao longo da história do século XX, no Brasil e no mundo, o imaginário anticomunista esteve presente em outros contextos e uma “ameaça vermelha” ganhou corações e mentes, levando ao medo e à paranoia.

O anticomunismo: um passado ainda presente

A principal preocupação desse artigo foi lançar algumas luzes sobre o presente. Assistimos, recentemente, a prisão de jornalistas e manifestantes, ataque a espaços de arte e cultura, com livros sendo utilizados como prova de comportamentos criminosos20, museus e obras de arte censuradas, invasão de universidades, prisão de reitores e professores, além da utilização cada vez mais intensa dos aparatos de violência estatal. Em que medida o ideário anticomunista justifica atos de violência?

A articulação de forças para conter o comunismo não mobilizou apenas corações e mentes, mas se refletiu na prisão, tortura e morte de comunistas, e na criação de um conjunto de leis para criminalizar essa doutrina e prender seus seguidores. Se o anticomunismo é um conjunto de ideias contra o comunismo, também se refletiu em ações, muitas delas de grande violência e que difundiram o terror e o medo. A perseguição de comunistas foi uma realidade não apenas em regimes ditatoriais, mas também nas democracias.

Não é possível afirmar que todos os agentes eram sádicos ou paranoicos, ou que toda a sociedade foi dominada pelo temor anticomunista e pela tolerância à violência, mas é impossível negar sua existência dentro da estrutura repressiva ou em diferentes lares de famílias ditas “de bem” espalhadas pelo Brasil.

Voltando nossa atenção para o presente – e ampliando nossa crítica para o jogo de forças a que estamos submetidos, vale a pena nos perguntarmos: quem será o novo inimigo do Estado? Que rosto ele terá? Poderia o imaginário anticomunista continuar justificando atos de violência no Brasil, mesmo em período democrático? Recorrer à História talvez nos ajude a responder estas e outras questões.

Notas

1 HEALE, Michael J. American anticommunism: combating the enemy within, 1830-1970. Baltimore, Maryland: Johns Hopkins University Press, 1990.

2 Cabe destacar que a noção de “democracia” vai ser disputada por liberais e capitalistas, quanto por comunistas e socialistas. WOOD, Ellen Meiksins. Democracia contra capitalismo: a renovação do materialismo histórico. São Paulo: Boitempo, 2003.

3 Entendo que os termos “direita” e “esquerda” devem ser usados no plural por não se caracterizarem como blocos monolíticos, mas, antes, por uma diversidade de interpretações e ações. Ver REIS, Daniel Aarão. Ditadura e sociedade: as reconstruções da memória. In REIS, Daniel Aarão et al. (orgs). O golpe e a ditadura militar: quarenta anos depois (1964-2004). Bauru: Edusc, 2004. p. 32.

4 BONNET, Luciano. Anticomunismo. In BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola e PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. Vol. 1. Tradução Carmen C. Varriale. Brasília : Editora Universidade de Brasília, 1998.

5 https://w2.vatican.va/content/pius-xi/pt/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_19370319_divini-redemptoris.html

6 EVANS, Richard J. A chegada do Terceiro Reich. Tradução Lúcia Brito. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010. Ebook. Posição 6889.

7CEPLAIR, Larry. Anti-Communism in Twentieth-Century America: A Critical History. Santa Barbara, Califórnia: ABC-CLIO, 2011.

8 Não podemos esquecer que o período foi marcado pela disputa entre União Soviética e China dentro do chamado campo socialista, e que as ideias do líder chinês, Mao-Tsé Tung, tiveram grande influência no ocidente e em partidos comunistas.

9 VALIM, Alexandre Busko. Imagens vigiadas: cinema e guerra fria no Brasil. 1945-. 1954. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2010. WRIGHT, Bradford W. Comic book nation: the transformation of youth culture in America. Baltimore, Maryland: The Johns Hopkins University Press: 2003. WHITFIELD, Stephen J. The Culture of the Cold War. 2d ed. Baltimore, Maryland: Johns Hopkins University Press, 1996.

10 GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 57.


11 MAGALHÃES, Marion Brepohl de. Documento: manual do interrogatório. História: Questões & Debates, n.40. Curitiba: Editora UFPR, 2004. FICO, Carlos. Como eles agiam. Os subterrâneos da Ditadura Militar: espionagem e polícia política. Rio de Janeiro: Record, 2001. KLEIN, Naomi. Doutrina do choque: ascensão do capitalismo do desastre. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. JOFFILY, Mariana. No centro da engrenagem: os interrogatórios na Operação Bandeirante e no DOI de São Paulo (1969-1975). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional; São Paulo: Edusp, 2013. BAUER, Caroline Silveira. Brasil e Argentina: Ditaduras, desaparecimentos e políticas de memórias. Medianiz, Porto Alegre: 2012; ANSART, Pierre. La gestion des passions politiques. Paris, L’Âge d’Homme, 1990. ANSART, Pierre. Ideologias, conflitos e poder. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. ANSART, Pierre e BRESCIANI, Maria Stella. Apresentação. In SEIXAS, Jacy A ., BRESCIANI, Maria Stella e Brepohl (orgs). Razão e paixão na política. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2002.

12 Para a presença de um discurso anticomunista nas manifestações, ver as coberturas da TV Folha (https://www.youtube.com/watch?v=BX-J9j5jiq0), Revista Trip (https://www.youtube.com/watch?v=ebzEbjflXkM) e Carta Capital (https://www.youtube.com/watch?v=ANSq6yszJCo).

13 Carlinhos Metralha ganhou esse apelido por portar uma metralhadora nas dependências do DEOPS-SP e também é acusado de casos de tortura e desaparecimentos. Foi subordinado do delegado Sérgio Paranhos Fleury.

14 MACHADO, André Roberto de A.; TOLEDO, Maria Rita de Almeida (orgs.). Golpes na história e na escola: o Brasil e a América Latina nos Séculos XX e XXI. 1.ed. São Paulo: Cortez: ANPUH SP – Associação Nacional de História – Seção São Paulo, 2017. Para uma explicação sobre a questão de gênero, ver o artigo de Georgiane Garabely Heil Vázquez, Gênero não é ideologia: explicando os Estudos de Gênero (https://www.cafehistoria.com.br/explicando-estudos-de-genero/).

15 http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/os-sinais-de-que-o-marxismo-cultural-e-o-opio-da-universidade-contemporanea/

16 http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1763027-bolsonaro-fez-apologia-ao-crime-na-votacao-do-impeachment-diz-oab.shtml

17 Uma importante análise desse contexto encontra-se em FERREIRA, Jorge; GOMES, Angela de Castro. 1964: o golpe que derrubou um presidente, pôs fim ao regime democrático e instituiu a ditadura no Brasil. 1.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. Ver também NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Editora Contexto, 2014.

18 MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho: o anticomunismo no Brasil (1917-1964). São Paulo: Perspectiva/FAPESP, 2002.

19 Cleto, Murilo; Doria, Kim; Jinkings, Ivana (orgs.). Por que gritamos Golpe? Para entender o impeachment e a crise política no Brasil. São Paulo: Ed. Boitempo, 2016.

20 https://www.sul21.com.br/jornal/operacao-policial-quer-enquadrar-anarquistas-e-coletivos-culturais-como-organizacao-criminosa/

Daniel Trevisan Samways é licenciado em História pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), mestre e doutor em História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Professor de História do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Atualmente realiza estágio de pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), com pesquisa sobre a vigilância do governo brasileiro aos exilados em Portugal.

Como citar este artigo

SAMWAYS, Daniel Trevisan. A “ameaça vermelha”: medo e paranoia anticomunista (artigo). In: Café História – história feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/medo-e-paranoia-anticomunista/ ‎. Publicado em: 22 jan. 2018. Acesso: [informar data].

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