2024/09/22

Sobre censuras, liberdades de informação e duplos critérios

Todos nós, marxistas, sabemos que a Rússia é, desde a queda da URSS, uma potência imperialista. Não se trata aqui, por isso, de defender ou tomar partido pelo mal menor, pela potência imperialista em ascensão, pela Rússia, no confronto global entre o Sul Emergente e o Ocidente Decadente. Todos nos lembramos, ainda, como a Rússia de finais da década de 90 do século passado "tentou" entrar para a União Europeia e para a NATO, na vã esperança de que os EUA, os EUA, sempre os EUA, a deixassem jogar na liga dos ricos. É por isso demasiado óbvio que não se pode ver aqui, com a série de artigos da Russia Today (RT), que vamos começar a publicar, uma tentativa de justificação de acções ou posições de um imperialismo emergente.

Mas então porquê e para quê todo este trabalho de tradução, edição, publicação e distribuição de artigos que estão livremente acessíveis na nuvem?

Washington tem um novo plano para controlar o Sul Global

Washington tem um novo plano para controlar o Sul Global

(Ana Belkina, RT , 2024/09/20)

Não satisfeitos com a proibição da RT na maioria dos países ocidentais há quase três anos, os EUA e os seus aliados revelaram um novo plano para intimidar o resto do mundo a seguir o exemplo.



FOTO DO ARQUIVO. Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken © Drew Angerer/Getty Images

Quando o Secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, , na semana passada, anunciou uma nova “campanha diplomática conjunta” a ser implementada com o Canadá e o Reino Unido, definiu claramente o objectivo da iniciativa – “reunir aliados e parceiros em todo o mundo para se juntarem a nós na abordagem à ameaça representada pela RT e outras máquinas de desinformação e influência russa.”

2024/09/21

Para aceder a sites censurados pelo ocidente decadente use o navegador Opera+VPN

Se foi dirigido para este artigo é porque, no exercicio dos seus direitos constitucionais (*), tentou aceder a uma tradução ou citação de um artigo publicado ou citado no blog Refer&nCIA, que as autodenominadas democracias do Ocidente Global não querem que leia e por isso estão, inconstitucionalmente no caso português (*), a tentar impedi-lo de a ele aceder. 

Para contornar essa ilegal, porque inconstitucional, censura e aceder ao original da tradução ou da citação a que no exercicio dos seus direitos constitucionais (*) estava a tentar aceder, basta-lhe usar uma Virtual Pivate Network (VPN) com o seu navegador (browser) habitual (i.e. Chrome, Firefox, Edge etc.)

Caso não assine nenhuma VPN pode sempre usar a do browser Opera com o proxy Asiático que não censura nada do que o Ocidente decadente com os EUA à cabeça lhe tenta impedir o acesso.

Para tal:
1. Descarregue o Opera de: "https://www.opera.com/pt/download"
2. Instale-o seguindo as instruções.
3. No lado esquerdo da barra de navegação vai ver um logo com as iniciais "VPN".
4. Clique em VPN para abrir a janela de ativação e escolha do proxy.
5. Escolha o proxy "Asia" e ative a VPN.
6. Copie o endereço da tradução/citação no Refer&nCIA do seu antigo browser para a barra de navegação do Opera.
7. Substitua os quatro asteriscos "****" por "https://" prima enter et voilá ... passou por cima da censura que lhe está a ser inconstitucionalmente imposta.

Caso tenha alguma dúvida ou dificuldade, coloque-a como um comentário a este artigo e tentaremos ajudá-lo.

(*) Artigo 37.º – Liberdade de expressão e informação

1 - Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.

2 - O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.

3 - As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.

4 - A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.

2024/09/09

Não se trata de acreditar, trata-se de analisar criticamente a desinformação dominante

As eleições de 28 de julho de 2024 na Venezuela: Em quê e em quem acreditar? 
(Alfred de Zayas, ODiario.info 2024.09.04)

«O que está aqui em causa não é o facto de Maduro ter ganho ou perdido as eleições de 2024. Eu não sou venezuelano e só quero que a vontade do povo venezuelano seja respeitada. O que está em causa é o princípio da soberania dos Estados - não apenas a soberania da Venezuela e o direito de autodeterminação do povo venezuelano, mas a soberania de outros Estados na América Latina, em África e na Ásia.»

Os nossos meios de comunicação social apressam-se a fazer manchetes sensacionalistas e fazem frequentemente juízos prematuros que, quando falsos, raramente são corrigidos. No que respeita às eleições venezuelanas de 28 de Julho, espera-se que acreditemos que Nicolas Maduro as manipulou. Mas porque é que tendemos a pensar assim? Porque é que os jornalistas do New York Times, do WaPo e do WSJ insistem em que devemos duvidar dos resultados das eleições? Tentemos uma perspectiva histórica e olhemos para trás, para os cem anos de história da Venezuela de políticos corruptos subservientes a Washington - até à eleição de Hugo Chávez em 1998. Também eu acreditava na narrativa dominante, mas a minha experiência como Perito Independente das Nações Unidas para a Ordem Internacional e a minha missão oficial à Venezuela em Novembro/Dezembro de 2017 ensinaram-me o contrário. Na altura, havia também um sentimento muito forte nos meios de comunicação social contra Nicolas Maduro, que era rotineiramente rotulado de ditador e de violador grosseiro dos direitos humanos.

Muitos de nós compreendemos que, no que respeita a questões geopolíticas importantes, o nosso panorama mediático não está isento de “notícias falsas” e de narrativas tendenciosas. É certamente o caso das notícias e comentários homologados nos EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Espanha, Itália e, infelizmente, também na Suíça, onde resido. Os nossos meios de comunicação social parecem ser gleichgeschaltet (uniformemente alinhados), como sabemos pelos meios de comunicação social alemães nos anos 30, onde havia apenas uma narrativa. Tendo em conta que os meios de comunicação ocidentais reflectem em grande parte as declarações de Washington e Bruxelas, é aconselhável fazer um esforço suplementar para consultar informações e comentários de múltiplas fontes.

2024/09/02

Africa 1878-1914

 Para memória futura aqui fica um mapa do colonialismo europeu em África por volta de 1914. Só para argumentar quando os racistas me vierem com a conversa do "Ah África e tal, é só miséria e ditadores e tal". Quem terá deixado esse continente nesse estado?