A Classe publicou uma pesada lista de factos associados à presença portuguesa na ue. E nós tínhamos de lhe arranjar um cantinho, mais à mão, para usar em futuras refer&ncias.
• Por dia, Portugal recebe 10 milhões de euros de fundos da União Europeia, mas paga 20 milhões de euros em juros da dívida.
• O Banco Central Europeu (BCE) lucrou 7,8 mil milhões de euros entre 2010 e 2018 com dívida portuguesa
• Só desde 2011 saíram de Portugal 25,8 mil milhões de euros em dividendos pagos ao exterior
A privatização e a entrega ao capital estrangeiro de várias empresas e sectores estratégicos tem custos enormes para Portugal.
• Desde a adesão ao Euro o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu menos de 1% ao ano
• Desde a adesão ao Euro aumentou o desemprego de longa duração
Aumentou 66% entre 1999 e 2019.
• Desde a adesão ao Euro aumentou o desemprego jovem
Aumentou 131% entre 1999 e 2018.
• Desde a adesão ao Euro aumentou a precariedade
Aumentou 56% entre 1999 e 2018.
• Desde a adesão ao Euro diminuiu a parte da riqueza que vai para os salários de 38,4% para 35%.
• Importamos 70% do peixe que consumimos. Na maioria oriundo de países da União Europeia, algum dele pescado nas nossas águas. Temos a 3ª maior Zona Económica Exclusiva da União Europeia, e uma enorme faixa costeira.
• Desde a entrada na CEE (1986) foi destruída 56% da frota pesqueira
Foram abatidas 10145 embarcações.
• Desde a entrada na CEE (1986) a indústria passou de representar 27% da riqueza criada para apenas 13% (2017)
• Desde a entrada na CEE (1986) foram abandonados 700 mil hectares de produções agrícolas. Cerca de 400 mil explorações agrícolas (quebra de 40% no número de pessoas a trabalhar no campo).
• Portugal importa cerca de 95% do trigo que consome e tem hoje dos maiores défices alimentares da Europa
• Desde a adesão ao Euro a dívida pública passou de 50% para 121,5% do PIB.
• Desde 2007 os sucessivos governos apoiaram a banca privada com mais de 17 mil milhões de euros.
• O Risco de Pobreza na União Europeia atinge quase um quarto da população. Em 2017, 22,4% da população na UE28 estava em risco de pobreza ou de exclusão social. Em Portugal esse valor era de 23,3%.
• 2014 e 2018 morreram 17.918 pessoas no Mar mediterrâneo. Eram seres humanos que fugiam da guerra, da fome, da pobreza e da perseguição de grupos terroristas e de crime organizado que floresceram com as guerras que a União Europeia apoiou.
• O Tratado Orçamental impõe a ditadura do défice. É um instrumento de constante ingerência e pressão direccionado para cortar no investimento público e nas despesas com serviços públicos e políticas sociais. Teve e tem o apoio de PS, PSD e CDS.
• A escolha dos administradores dos bancos portugueses, incluindo o banco público, têm de passar pelo Banco Central Europeu.
• Em nome da “concorrência” a UE impede que o Estado apoie sectores estratégicos para o desenvolvimento do País
• O Estado mete milhares de milhões no Novo Banco? Para a UE não há problema. O Estado quer modernizar a sua rede de transporte publico? A UE obriga a que esse financiamento considere todos os operadores por igual (obstaculizando, por exemplo, o investimento de uma empresa pública de transportes).
• Os deputados eleitos pela CDU apresentaram alterações ao Regimento do PE, para alargar a intervenção dos deputados. As propostas foram rejeitadas pelo PS, PSD e CDS, os mesmos que com o seu voto deixaram passar um Regimento do Parlamento Europeu que impõe limitações à intervenção dos deputados e grupos políticos mais pequenos.
• PS, PSD e CDS sempre se opuseram a qualquer consulta popular sobre a integração europeia. Agora, que a contestação à União Europeia cresce, todos falam que é necessário “democratizar” a União Europeia, e que é necessária “uma maior participação” dos cidadãos. Mas, PS, PSD e CDS, quando PCP propôs um referendo sobre a adesão à moeda única ou a ratificação dos Tratados, recusaram. Mas quando o PCP propôs um referendo sobre a adesão á moeda única ou à ratificação de Tratados, PS, PSD e CDS recusaram.
• Seis países têm o poder de decidir sobre 80% da legislação da União Europeia que é aplicada em todos os Estados-membros (Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Espanha e Polónia).
• Os deputados eleitos pela CDU são os que mais trabalham e que recusam benefícios pessoais por serem deputados. Para além de desenvolverem um trabalho ímpar, os eleitos da CDU têm um percurso de recusa de benefícios e privilégios pelo exercício de cargos públicos, como o comprova o facto de terem rejeitado o nivelamento por cima que o Parlamento Europeu instituiu para as suas remunerações.
• Os deputados eleitos pela CDU foram os únicos deputados portugueses que se bateram contra a redução do peso de Portugal no Parlamento Europeu. Nunca desistiram que Portugal tivesse mais voz no Parlamento Europeu. Após a saída do Reino Unido da União Europeia, propuseram a recuperação por Portugal dos 4 deputados que perdeu ao longo dos anos. PS, PSD, CDS, BE e MPT votaram contra.
• As despesas militares da UE vão aumentar 1095%. Ao mesmo tempo os fundos destinados à Coesão, à Agricultura e às Pescas sofreram, na proposta da Comissão Europeia, o maior corte de sempre.
• Os deputados eleitos pela CDU votaram contra a Directiva sobre Direitos de Autor no Mercado Único Digital. PSD e CDS votaram a favor desta directiva, assim como a esmagadora maioria dos deputados PS.
• Apenas dois Estados membro assinaram e ratificaram o Tratado das Nações Unidas de Proibição de Armas Nucleares. Áustria e a República da Irlanda. Proposta que foi sucessivamente chumbada pela maioria no PE (Partido Socialista Europeu e Partido Popular Europeu), avessa ao desarmamento nuclear e à paz.
• Foram os deputados da CDU que denunciaram a intenção da Comissão Europeia de criar um Fundo de Pensões Europeu com gestão privada. A Comissão Europeia pretendia entregar à multinacional privada norte-americana BlackRock a sua gestão, ou seja, o caminho para a privatização dos sistemas públicos de segurança social dos Estados-Membros.
Sem comentários:
Enviar um comentário
O seu comentário ficará disponível após verificação. Tentaremos ser breves.