A propósito deste precarómetro, alguém me perguntava, num grupo das redes sociais, se isto do combate à precariedade era só para o sector público, deixando implicito que pois, pois, mas isso é só para os funcionários-públicos-corja-de-privilegiados.
Ocorreu-me que como em tudo na vida, há pelo menos dois tipos de egoismo.
Aquele do "o meu vizinho tem, por isso eu também quero" e o outro do "o meu vizinho tem, por isso vou fazer tudo para que ele deixe de ter".
O primeiro gera evolução, porque eu vou fazer os possíveis por também ter, e se for preciso lutar por isso, até tenho a tarefa facilitada, porque já posso apontar para o lado e dizer que se ele tem, eu também tenho direito!
O segundo gera destruição porque tudo o que vou conseguir é estragar o castelo de areia do outro miudo.
Porque é que ainda há tanta gente a revoltar-se com as greves que os outros fazem para melhorar a sua condição? E a dizer mal de quem consegue, com a sua luta, melhorar a sua condição e, por arrastamento, a dos que destes dizem mal?
E note-se que estou a falar de direitos, liberdades e garantias, não estou a falar de carros nem de televisores ... mas podia!
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