2017/02/11

O Despudor de um Alarve

O romance conta-se em três atos e um epílogo..

Um alarve, com outro ao lado, disse umas alarvidades no caneiro do bolsanamão. A oeste nada de novo. Fim do 1º ato.

Uma hora depois, no mesmo caneiro, entra pela esquerda alta João Ferreira, deputado europeu e candidato comunista à câmara de Lisboa. Com alguma irritação, faz o alarve engolir as gracinhas explicando a quem o ouviu que o PCP não pede demissões de ministros [pelo simples facto de que o problema para os comunistas não são as pessoas são as politicas]. E desafiou o alarve a ir procurar no esgoto dele umas peças que o desmentissem. Cai o pano.

O alarve foi e o burlão introduziu-lhe a peça. Foi e voltou do arquivo com:
- uma declaração de Jerónimo de Sousa: << [...] não se resolve o problema à peça, não se resolve o problema substituindo este ou aquele ministro a importância está em substituir o governo [corta]>>.
- Uma declaração de João Oliveira << [...] para lá de exigir a demissão do ministro da educação nós temos vindo a exigir a demissão do governo e a alteração de politicas [corta]>>
- à terceira ... tiveram de descontextualizar uma declaração do Miguel Tiago, deixando de fora que o importante para o PCP são as politicas e não quem as executa. Desde que as politicas favoreçam o trabalho na sua luta contra o capital tudo bem, caso contrário, tudo mal. Desonestidade? Não, nada disso, simples alarvidade de um burlão convencido que é gente.
- quarta tentativa ... mais uma descontextualizaçãozinha ... marota? Não, nem pensar, não há aqui marotice, é simples alarvidade.
- quinta tentativa, para finalizar, o burlão foi buscar o António Filipe a declarar que << [...] se pensarmos melhor, encontramos razões de sobra para exigir a demissão dos outros membros do governo [corta]>> e entra o alarve burlão, pela direita baixa, a repetir a ideia feita, fazendo de conta que não ouviu três das cinco declarações a desmentirem a sua ideia feita, a assobiar para o ar, a ver se ningém se apercebe que as outras duas foram bárbara e despudoradamente descontextualizadas.

Desonestidade? Sim, alguma, a que está normalmente associada à alarvidade. A oeste nada de novo.

Epílogo:
As redes sociais enchem-se com a peça do caneiro a desmentir em directo a piada do alarve.

Vejam, Oiçam. Com os vossos olhos e ouvidos,Vale a pena ver até onde consegue ir o despudor de um palerma satisfeito convencido que é gente. O do lado eu já conhecia desde os tempos em que achou mal que um balanço (do comércio europeu) tivesse saldo zero ... este é novo, é só mais um burlão na stand up comedy nacional ;-)

E porque o Manifesto74 também já se pronunciou e eu gosto deles, aqui fica o link para o veneno do ferrão.

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