O Governo dramatiza, diz que não tem dinheiro para pagar os direitos dos professores.
O mesmo governo que desviou 800 milhões de euros do orçamento para "emprestar" à LoneStar, um fundo abutre, diz que não tem dinheiro para pagar o que foi roubado aos professores durante aqueles já distantes 9 anos, 4 meses e dois dias?
Vá buscar os 800 milhões à LoneStar, e às rendas milionárias da EDP e da GALP, e ás rendas das parcerias públicas para os privados da saúde, e aos milhões de euros de ordenados dos administradores da banca e da finança, e aos bolsos do merceeiro que fugiu com a empresa para a Holanda e dos outros merceeiros todos que pagam salários de miséria, e aos lucros da especulação bolsista. Têm muito aonde ir buscar o dinheiro para pagar o que outros governos roubaram ao trabalho.
O governo que nesta conjuntura governa o estado, tem de perceber que se rouba o trabalho, mais tarde ou mais cedo, vai ter de repor o que roubou. Da próxima vez que um governo quiser equilibrar a tesouraria roubando o trabalho tem de pensar duas vezes se compensa fazê-lo.
Com a sua luta, os professores conseguiram a reposição do que lhes foi roubado, agora é tempo dos restantes funcionários públicos exigirem o que lhes é devido. Agora é tempo de todos os trabalhadores lutarem pela reposição da legislação laboral, do princípio de melhor tratamento, pelo fim da caducidade dos contratos colectivos. Pelo Trabalho contra o Capital. Por um Governo do Trabalho, dos Trabalhadores e do Povo.
Sobre a contabilização integral do tempo de serviço
(Nota de Imprensa do PCP, 2 Maio 2019)
1. A Assembleia da República acabou de aprovar uma alteração ao Decreto-Lei do Governo reafirmando a contabilização dos 9 anos, 4 meses e 2 dias, tal como tinha sido consagrado nos Orçamentos do Estado de 2018 e 2019.
Clarifica-se que a primeira fase da recuperação (2 anos, 9 meses e 18 dias), tem referência a 1 de Janeiro de 2019, eliminando as ultrapassagens.
2. Relativamente ao restante tempo, por responsabilidade do PSD/CDS que se juntaram ao PS, rejeitando as propostas do PCP, não foi definido o calendário da concretização da sua aplicação, ficando mais uma vez dependente de negociação.
3. O PCP prosseguirá com a sua intervenção para que se cumpra integralmente o que foi decidido no OE 2018 e 2019, para os professores e outras carreiras e corpos especiais, militares, profissionais das forças de segurança, entre outros.
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