Passou nas notas de rodapé.
O Macarrão francês acabou com o estado de excepção em que a França viveu os últimos dois anos.
Acabou?
Mesmo?
Não!
O Macarrão transformou em norma o grosso do estado repressivo que até agora era excepcional.
A partir do passado dia 31 de Outubro deixou de ser excepcionalmente permitido para passar a ser legalmente normal:
- Prender sem autorização de um juiz.
- Restringir as liberdades de movimento e reunião.
- Estabelecer perímetros de protecção.
- Estabelecer controlos de segurança num raio de 10km em redor de aeroportos e estações de comboios.
- Realizar buscas domiciliárias sem mandato judicial.
Democracia ou democratadura?
A França foi um dos países que votou a atribuição do prémio europeu dos direitos humanos à oposição venezuelana liderada por um democratador pinochista. Percebe-se agora o conceito macarrónico de democracia e direito humanos.
A França participou ativamente nos bombardeios da Libia e nas primaveris democratações árabes que tanto ajudaram a propagar o terrorismo sunita. Compreende-se finalmente que foi necessário criar o terrorismo para, mais tarde, em nome da defesa, se impor a repressão de um estado policial.
Hungria, Polónia, Estónia, Lituânia, Ucrânia, Austria e agora França. Tudo países onde, a cobro do combate ao terrorismo financiado pelo capital, ou de argumentos racistas e xenófobos, se tem vindo a impor legislação fascizante e limitadora das liberdades essenciais a uma vivência democrática.
Só quem andar muito distraidinho pode continuar a acreditar que a Europa ainda é uma ilha de democracia.
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