Especialmente dedicado a racistas admiradores do império romano
Porque é que ensino raça e etnicidade na antiguidade clássica
(Rebecca Futo Kennedy, Eidolon, 2017/09/11)
«[...] Os romanos são provavelmente o mais famoso povo "misto" da antiguidade e que afirmaram nas suas estórias e nas artes a sua origem de imigrantes e refugiados. Enéias migrou os últimos troianos (fenícios) de Tróia para a Itália, e teve um filho de uma nativa italiana que fundou outra cidade, Alba Longa, de onde terão eventualmente vindo Romulus e Remus. Romulus fundou Roma matando o seu irmão e convidando os bandidos e criminosos que se quisessem juntar a ele. Foi então que, aonperceberem-se que uma cidade não poderia perpetuar-se sem mulheres, raptaram as mulheres Sabinas e casaram-se com elas. Os romanos tiveram reis etruscos, e muitas das cidades que incorporaram no sul da Itália eram colónias gregas. Estes mitos espelhavam a realidade romana.
A prática romana de incorporar povos não romanos como cidadãos - tanto os descendentes de escravos libertos como de outras etnias das províncias - ao longo da maior parte da sua história também reflete uma tradição de não basear a identidade romana num conceito de raça ou pureza étnica. Você pode ser romano e grego, sírio, judeu, gaulês, alemão, espanhol, numidiano, núbio, etíope, egípcio e muito mais. Enquanto os romanos escreviam muito sobre povos não-romanos, o que constituía um romano per se nunca foi definido como um único grupo étnico - os estrangeiros podem se tornar "romanos". Os lugares também podem "tornar-se" romanos através de engenharia "ambuental". Isso não significa que os romanos não tinham preconceitos, apenas significa que esses preconceitos não afetaram se alguém era ou não era ou poderia tornar-se um romano.[...]»
Why I Teach About Race and Ethnicity in the Classical World
(Rebecca Futo Kennedy, Eidolon, 2017/09/11)
The Romans, of course, are probably the most famous “mixed” people from antiquity and told in their histories and arts that they originated from immigrants and refugees. Aeneas migrated with the last of the Trojans (Phoenicians) to Italy from Troy, and he had a child by a native Italian woman who founded another city, Alba Longa, from which eventually came Romulus and Remus. Romulus founded Rome by killing his brother and then inviting in any bandit or criminal who wanted to join him. They then kidnapped the neighboring Sabine women and married them once they realized a city couldn’t perpetuate itself without women. They also had Etruscan kings, and many of the cities they incorporated in southern Italy were Greek colonies. These myths mirrored Roman reality.
The Roman practice of incorporating non-Roman peoples as citizens — both the descendants of freed slaves and people of other ethnic groups in the provinces — over the course of most of their history also reflects a tradition of not basing Roman identity on a concept of racial or ethnic purity. You could be a Roman and be Greek, Syrian, Judean, Gallic, German, Spanish, Numidian, Nubian, Ethiopian, Egyptian, and more. While Romans wrote a lot about non-Roman peoples, what constituted a Roman per se was never defined as a single ethnic group — foreigners could become “Roman.” Places could “become” Roman, too, through engineered environments. This doesn’t mean Romans did not have prejudices, it just means those prejudices didn’t impact whether one was or was not or could become a Roman.
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