2020/02/11

Venezuela: Cada Dia Que Resiste É Um Dente Partido ao Imperialismo

Sobre a guerra de baixa intensidade movida pelos EUA contra a Venezuela os media corporativos construiram uma imensa muralha de um estrondoso silêncio. Nesses media ninguém fala, escreve ou mostra o bloqueio financeiro que impede a Venezuela de fazer transações em dólares, os assaltos às embaixadas, o roubo dos ativos venezuelanos no estrangeiro, as tentativas de golpes de estado, as infiltrações de mercenários pela fronteira colombiana. Para os media comprados pelos EUA nada disso existe, sobre tudo isso caiu o muro da censura corporativa. "Et puoro si muove" dizia Galileu há mais de 500 anos.

Trump "enganou-se": A Droga Vem da Colômbia e Não da Venezuela -- Trump, com os seus parceiros francês e britânico, sob os auspícios da NATO, estão a montar um circo de guerra contra a Venezuela a pretexto de uma “operação contra o narcotráfico” alegadamente praticado sobretudo pelo governo de Caracas, com o presidente Maduro à cabeça. Porém, segundo os relatórios da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, a Colômbia é o responsável, praticamente monopolista, pelo tráfico de cocaína na região; e a Venezuela não surge sequer na lista dos países envolvidos. Os registos da agência antidroga dos Estados Unidos, a DEA, desmentem rotundamente as inacreditáveis acusações de narcotráfico lançadas por Donald Trump contra o seu homólogo venezuelano Nicolás Maduro e membros do seu governo. Fica claro que a nova e agressiva investida do magnata do imobiliário contra a Venezuela nada tem a ver com a democracia. Pelo contrário, é uma consequência do absoluto fracasso de todos os planos golpistas e desestabilizadores da sua administração contra o governo constitucional e legítimo do presidente Maduro. É também um desesperado acto eleitoralista para fazer com que os norte-americanos olhem para outro lado perante o quadro dantesco da sua cada vez mais desastrosa e mortífera gestão da pandemia de coronavírus, com um saldo altamente negativo ao nível mundial, superando a notável velocidade o ritmo de contágio e de disfunções de outros países afectados pela doença.[...](Angel Guerra Cabrera, America Latina en Movimiento/O Lado Oculto)

Forças do Pentágono Ameaçam a Venezuela -- Os Estados Unidos enviaram forças de guerra para as imediações da Venezuela no âmbito de uma série de acções políticas, conspirativas e terroristas para forçar a mudança de governo no país numa altura em que povo venezuelano se debate contra a epidemia de coronavírus. Um combate travado em situações tornadas ainda muito mais difíceis devido às carências sanitárias impostas pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia. Portugal surge envolvido em aspectos desta operação conduzida pela administração Trump que viola o direito internacional e contraria a Carta das Nações Unidas.(Luís O. Nunes, Caracas, O Lado Oculto)

EUA impede a Venezuela de comprar remédios para tratar o Covid-19 -- O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou hoje que as medidas coercitivas e unilaterais impostas pelos Estados Unidos impedem a aquisição de medicamentos e suprimentos para enfrentar o Covid-19. (2020/03/14 Prensa Latina) - Quando dispararem os mortos e infetados que se saiba que a culpa é dos EUA! O que bolsará agora o ass sobre a protecção dos portugueses residentes na Venezuela? Ou será que o proconsul metedó vai buscar máscaras às fábricas de cocaina da colômbia?

Governo venezuelano desmonta outro «fake» de Guaidó - O governo da Venezuela apresentou provas de mais uma montagem criada pela extrema-direita e apontou as «falsas informações» em torno do atentado «inventado» contra Juan Guaidó na cidade de Barquisimeto. [...] A este propósito, o titular da pasta da Comunicação lembrou que a agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) já veio informar que não esteve presente na concentração de dia 29 de Fevereiro convocada por Guaidó em Barquisimeto, desmentindo assim que seja a autora da imagem – que lhe foi facultada pela equipa de Guaidó. Neste sentido, Rodríguez instou a AP e outros meios de comunicação internacionais que fizeram ecoar a montagem a publicar o depoimento de Clímaco Medina e a divulgar a «verdade» dos factos, depois das provas apresentadas. (2020/03/06 - AbrilAbril)



Venezuela denuncia irregularidades e Portugal promete investigar -- A Venezuela pediu formalmente a Portugal que investigue as circunstâncias em que foi possível a um tio de Juan Guaidó transportar substâncias químicas perigosas num voo da TAP, entre Lisboa e Caracas.(2020/02/16)

Venezuelanos repudiam medida dos EUA contra a Conviasa - Foi agendada para esta segunda-feira uma marcha anti-imperialista, em Caracas, para denunciar as sanções impostas pela administração dos EUA contra a Conviasa, a companhia estatal de aviação venezuelana.

Um ano de Guaidó -- Há um ano, a 23 de Janeiro, Juan Guaidó autoproclamou-se como «presidente» da Venezuela, um novo patamar na já longa conspiração do imperialismo para vergar a Venezuela bolivariana e retomar o controlo imperialista do país e das suas imensas riquezas. O ano de 2019 demonstrou bem quem é o homem de mão da Administração norte-americana e comprovou o seu carácter golpista, criminoso, corrupto, antipatriótico e fascista, bem como dos seus mandantes.

Encontro mundial anti-imperialista defende paz e soberania dos povos -- Movimentos e forças sociais e partidos de diferentes países acordaram na Venezuela a construção de uma plataforma unitária para defender o princípio de auto-determinação dos povos e travar a ofensiva imperialista.

A dignidade do silêncio.
(Carlos Matos Gomes, facebook)
O silêncio pode ser uma forma de heroicidade. O silêncio perante a tortura, por exemplo.
Mas os portugueses não podem exigir heroicidade ao ministro Santos Silva. Ele é apenas um ministro de um governo. Um alto funcionário do aparelho burocrático de Estado encarregado de gerir as relações de Portugal com o exterior.
Sendo um homem comum, de quem não se deve esperar grandeza, ele representa Portugal e os portugueses. Ele tem por dever representar-nos como um povo digno.
O ministro Santos Silva apoiou o assassinato de um político de um Estado reconhecido pela comunidade internacional por um outro Estado, o Estado Imperial cujo único direito invocável é o da força. Um assassínio é um assassínio. E o ministro Santos Silva condenou a tímida resposta do Estado agredido.
Portugal é um pequeno Estado. Tem uma limitada soberania e autonomia. Não pode afrontar os EUA nem os seus gangsteres. Mas não necessita de se prostituir, de se vender para obter proteção. Não necessita de um proxeneta para existir.
O governo português podia e devia manter sobre este caso, como sobre os Guiadós, um digno silêncio, como o silêncio que tem mantido sobre os Bolsonaros, os golpes na Bolívia, na Colômbia, as repressões no Chile...
Nada de heroísmos, senhor ministro! Nunca os praticamos nem com ingleses, nem com franceses nem era agora que nos iríamos armar com penas de pavão e cantar de galo. Nada disso, senhor ministro. Apenas um silêncio digno que fosse diferente da vergonhosa venda de raparigas à beira da estrada, do papel de trottoir do Durão Barroso e do Paulo Portas.
Um silêncio, ministro Santos Silva. Um silêncio digno de um impotente sentado numa cadeira à mercê de um algoz.
Por mim, enquanto português filho de uma americana, vejo-o, ministro Santos Silva, como um parceiro do filho do Bolsonaro que se queria fazer embaixador porque vendia hamburgueres nos EUA.
Ofende-me ter um ministro que serve hamburgueres aos americanos em vez de ser ministro de Portugal.

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