Tal pai tal filho ou quem sai aos seus não é de Genebra, mas só quem não "O" conheça poderia espantar-se com a forma como o Boulsa Taverneiro consegue enfiar o Rossio na Rua da Betesga, melhor dizendo, o Estaline e a URSS na crise de refugiados do Aquarius.
E sim ele conseguiu misturar o nome do Outro e de um passado ímpar de solidariedade internacional, num mesmo caixote, com os fascistas italianos e os racistas austríaco-húngaro-checo-esloveno-polacos.
E não, não vou transcrever aqui a raiva de um ex-pirito santo misturada com o anti-comunismo primário que o Boulsa bolsou no espesso e que a Estátua de Sal reproduziu.
Mas sim, sim vou lembrar que além de ter libertado mais de meia europa do jugo nazi e financiado todas as libertações de povos que conseguiu ao longo dos seus 70 anos de vida, a simples existência da URSS evitou as guerras na Europa desde 1945 até 1992 e todas as outras guerras que, pelo mundo fora, desde 1992, criam refugiados ao ritmo com que o Capital pretende desestabilizar os estados sociais ainda resistentes.
Ó Taverneiro! Que culpa tem o Estaline da invasão da Líbia? Ou da guerra no Iémene? Ou da ocupação da Palestina por Israel? Ou das invernosas primaveras árabes? Ou do ataque imperialista à Síria? Ou da fome larvar que faz da África inteira um viveiro de extremismos religiosos, rapidamente encarreirados para as guerras a quem os teus amigos globalistas vendem o armamento em fim de vida?
Ó Taverneiro, vai lá lavar a boca desses perdigotos com que limpas a pesada consciência pelos refugiados que pões neste mundo.
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