1931 - O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto; 1932 - Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; - Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; - Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa; 1934 - Américo Gomes, operário e militante comunista, morre em Peniche com 22 anos após dois meses de tortura; - Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve de 18 de Janeiro; - Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada na sequência do 18 de Janeiro; |
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1935
- Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
- Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
1936
- António Bandeira Cabrita, Antifascista de extraordinária coragem e humanismo, perseguido e preso pela polícia política, membro do PCP deportado aos 21 anos para Timor, foi dos primeiros portugueses a alistar-se nas milícias populares, para lutar pela Liberdade ao lado do povo espanhol. Destacando-se pela sua bravura, morreu aos 26 anos na frente de Talavera, morto pelas balas dos franquistas - Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934;
- Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
1937
- Abílio de Sousa Marques, comunista, faleceu no Hospital Curry Cabral um mês depois de libertado do Aljube. - Ernesto Faustino, operário;
- José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar;
- Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias;
- Augusto Costa, operário da Marinha Grande,
- Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa,
- Francisco Domingues Quintas, de Gaia,
- Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa,
- Pedro Matos Filipe, de Almada e
- Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde,
morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos;
- Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ;
- Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;
1938
- Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;
- António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca;
- Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos;
Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE;
- Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas;
1939
- Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;
1940
- Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos;
Albino Coelho, morre também no Tarrafal;
Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
1941
- Jacinto Faria Vilaça,
- Casimiro Ferreira;
- Albino António de Oliveira Carvalho, comerciante no Alvito e militante comunista, morreu no Tarrafal vítima de doença, maus tratos e falta de assistência médica;
- António Guedes Oliveira e Silva;
- Ernesto José Ribeiro, operário, e
- José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;
1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal;
Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!);
Bento António Gonçalves, secretário-geral do PCP Morre no Tarrafal;
Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal;
Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação;
António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR;
Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal;
Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa;
José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal;
Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa;
Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal;
Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;
1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar;
Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade;
Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal;
Assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.
1945
- Alfredo da Assunção Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas;
- Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo;
- José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;
- Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal;
1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação;
Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;
1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;
1948
- Antenor da Costa Cruz, comerciante de bananas na Madeira e militante comunista, faleceu no Hospital da Misericórdia do Funchal, após sete diasde tortura pela PIDE nos calabouços do Funchal. António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura;
Artur de Oliveira morre no Tarrafal;
Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação;
António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;
1950
- Alfredo Dias Lima, operário agricola, foi assassinado aos 19 anos com um tiro no ventre por um praça da GNR, a mando de um sargento, durante uma luta pelo aumento da jorna. Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade;
José Moreira, operário, funcionário do Partido Comunista Português responsável pelas tipografias onde se imprimia o Avante!. Assassinado durante a tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio. Não falou e as tipografis continuaram a funcionar e o Avante! a ser impresso.
Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura;
Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;
1953
Massacre de Batepá em S Tomé e Príncipe - Foi em 3 de Fevereiro de 1953 que Autoridades Coloniais Portuguesas fecharam os olhos a este massacre. Ele surgiu na sequência da oposição que os trabalhadores fizeram por estarem a ser forçados a trabalhar, amarrados e até a exaustão. Morreram exaustos, chicoteados e fuzilados cerca de um milhar de Trabalhadores. Era Governador o Coronel Carlos Gorgulho, homem dilecto do Regime Colonial-fascista que quis mostrar ao Mundo que Portugal fazia obras nas Colónias pois, nesta altura, Salazar queria aderirr à ONU e estava a ser preterido por causa das Colónias. O Poder fascista tentou abafar a ira que se levantou e a tentativa de silenciar o problema. Mas, um conjunto de Democratas S Tomenses, como a Poeta Alda do Espírito Santo e Portugueses como o Advogado simpatizante do PCP, Manuel João da Palma Carlos, obrigaram Salazar a deixar investigar. Salazar, manhoso, resolveu enviar uma delegação da PIDE que o aconselhou a mudar o Governador. Assim, Salazar chama-o a Lisboa, Aposenta-o mas condecora-o, promovendo-o a Brigadeiro. O Advogado, Manuel João da Palma Carlos foi uma peça central na investigação, apurando como tudo aconteceu e os respectivos criminosos.
1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;
1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura;
Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto;
José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;
1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro;
Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;
1961
Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada;
José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;
1961-1974
Nos 13 anos de guerras coloniais morreram 8831 militares portugueses. Destas quase 9000 mortes, 3455 aconteceram em Angola, 2240 na Guiné e 3136 em Moçambique.
1962
António Graciano Adângio, mineiro em Aljustrel. Assassinado a tiro pela GNR;
Francisco Madeira, mineiro em Aljustrel. Assassinado a tiro pela GNR;
Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;
1963
- Agostinho da Silva Fineza, operário tipógrafo do Funchal aderiu ao PCP e integrou o respetivo Comité Regional, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR;
David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;
1965
General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;
1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, morre vítima de tortura na PIDE;
1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos;
Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial;
Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;
1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;
1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;
1973
Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;
1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre,
José James Barneto, de Vendas Novas,
Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e
José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores,
são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.
A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão.
Mais ainda...
Podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927.
Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico.
Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931.
Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene.
Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquistas.
Dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953.
Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc.
A presente lista foi elaborada a partir de um Post no blogue "Bandeira Vermelha" largamente complementado com informação do Museu do Aljube, e o contributo dos "Mártires Caídos na Luta" publicado no Centenários do Partido Comunista Português.
- António Bandeira Cabrita, Antifascista de extraordinária coragem e humanismo, perseguido e preso pela polícia política, membro do PCP deportado aos 21 anos para Timor, foi dos primeiros portugueses a alistar-se nas milícias populares, para lutar pela Liberdade ao lado do povo espanhol. Destacando-se pela sua bravura, morreu aos 26 anos na frente de Talavera, morto pelas balas dos franquistas - Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934;
- Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
1937
- Abílio de Sousa Marques, comunista, faleceu no Hospital Curry Cabral um mês depois de libertado do Aljube. - Ernesto Faustino, operário;
- José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar;
- Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias;
- Augusto Costa, operário da Marinha Grande,
- Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa,
- Francisco Domingues Quintas, de Gaia,
- Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa,
- Pedro Matos Filipe, de Almada e
- Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde,
morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos;
- Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ;
- Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;
1938
- Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;
- António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca;
- Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos;
Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE;
- Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas;
1939
- Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;
1940
- Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos;
Albino Coelho, morre também no Tarrafal;
Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
1941
- Jacinto Faria Vilaça,
- Casimiro Ferreira;
- Albino António de Oliveira Carvalho, comerciante no Alvito e militante comunista, morreu no Tarrafal vítima de doença, maus tratos e falta de assistência médica;
- António Guedes Oliveira e Silva;
- Ernesto José Ribeiro, operário, e
- José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;
1942
Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal;
Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!);
Bento António Gonçalves, secretário-geral do PCP Morre no Tarrafal;
Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal;
Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação;
António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
1943
Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR;
Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal;
Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa;
José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal;
Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa;
Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal;
Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;
1944
General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar;
Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade;
Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal;
Assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.
1945
- Alfredo da Assunção Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas;
- Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo;
- José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;
- Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal;
1946
Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação;
Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;
1947
José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;
1948
- Antenor da Costa Cruz, comerciante de bananas na Madeira e militante comunista, faleceu no Hospital da Misericórdia do Funchal, após sete diasde tortura pela PIDE nos calabouços do Funchal. António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura;
Artur de Oliveira morre no Tarrafal;
Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação;
António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;
1950
- Alfredo Dias Lima, operário agricola, foi assassinado aos 19 anos com um tiro no ventre por um praça da GNR, a mando de um sargento, durante uma luta pelo aumento da jorna. Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade;
José Moreira, operário, funcionário do Partido Comunista Português responsável pelas tipografias onde se imprimia o Avante!. Assassinado durante a tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio. Não falou e as tipografis continuaram a funcionar e o Avante! a ser impresso.
Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura;
Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
1951
Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;
1953
Massacre de Batepá em S Tomé e Príncipe - Foi em 3 de Fevereiro de 1953 que Autoridades Coloniais Portuguesas fecharam os olhos a este massacre. Ele surgiu na sequência da oposição que os trabalhadores fizeram por estarem a ser forçados a trabalhar, amarrados e até a exaustão. Morreram exaustos, chicoteados e fuzilados cerca de um milhar de Trabalhadores. Era Governador o Coronel Carlos Gorgulho, homem dilecto do Regime Colonial-fascista que quis mostrar ao Mundo que Portugal fazia obras nas Colónias pois, nesta altura, Salazar queria aderirr à ONU e estava a ser preterido por causa das Colónias. O Poder fascista tentou abafar a ira que se levantou e a tentativa de silenciar o problema. Mas, um conjunto de Democratas S Tomenses, como a Poeta Alda do Espírito Santo e Portugueses como o Advogado simpatizante do PCP, Manuel João da Palma Carlos, obrigaram Salazar a deixar investigar. Salazar, manhoso, resolveu enviar uma delegação da PIDE que o aconselhou a mudar o Governador. Assim, Salazar chama-o a Lisboa, Aposenta-o mas condecora-o, promovendo-o a Brigadeiro. O Advogado, Manuel João da Palma Carlos foi uma peça central na investigação, apurando como tudo aconteceu e os respectivos criminosos.
1954
Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;
1957
Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura;
Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto;
José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;
1958
José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro;
Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;
1961
Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada;
José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;
1961-1974
Nos 13 anos de guerras coloniais morreram 8831 militares portugueses. Destas quase 9000 mortes, 3455 aconteceram em Angola, 2240 na Guiné e 3136 em Moçambique.
1962
António Graciano Adângio, mineiro em Aljustrel. Assassinado a tiro pela GNR;
Francisco Madeira, mineiro em Aljustrel. Assassinado a tiro pela GNR;
Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;
1963
- Agostinho da Silva Fineza, operário tipógrafo do Funchal aderiu ao PCP e integrou o respetivo Comité Regional, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
1964
Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR;
David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;
1965
General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;
1967
Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, morre vítima de tortura na PIDE;
1968
Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos;
Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial;
Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;
1969
Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;
1972
José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;
1973
Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;
1974, 25 de Abril
Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre,
José James Barneto, de Vendas Novas,
Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e
José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores,
são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.
A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão.
Mais ainda...
Podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927.
Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico.
Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931.
Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene.
Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquistas.
Dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953.
Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc.
A presente lista foi elaborada a partir de um Post no blogue "Bandeira Vermelha" largamente complementado com informação do Museu do Aljube, e o contributo dos "Mártires Caídos na Luta" publicado no Centenários do Partido Comunista Português.
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