2018/04/05

Relatos dos Jornaleiros a Partir da libertada Ghouta-Oriental

Não há? Nada de nada? Não há nada para substituir as informaduras dos capacetes brancos, agora que os capacetes brancos se foram embora com os "terroristas bons"?

Por acaso já tinha pensado nisso. Ghouta e tal.

Até agora os jornaleiros ocidentais não podiam lá entrar, não fossem os "terroristas bons" esquecer-se que agora eram dos bons e cortar-lhes as gargantilhas em video, como faziam quando ainda eram maus, antes de serem transferidos para Ghouta-Oriental nos camiões da "aliança-ocidental" e carimbados como bons. Não podiam entrar em Ghouta, digo eu, e tal.

Mas agora já podem. Agora que o laico Exército Àrabe Sirio, vulgo "tenebrosas forças de Hassad", como é conhecido pelos jornaleiros que não vão a Ghouta-Oriental, expulsou os últimos terroristas "bons" de Ghouta-Oriental, os jornaleiros dos caneiros ocidentais já podem ir lá ver, filmar, entrevistar os civis que, de acordo com a narrativa desses caneiros, estavam lá a fugir do Hassad, e perguntar-lhes, sem a mediação dos bons capacetes brancos, se afinal sempre tinham ficado em Ghouta-Oriental porque queriam, ou se era porque os "terroristas bons", os bons, sempre bons e brancos e com capacetes na cabeça, não os deixavam de lá sair.

Agora já lá podem ir perguntar. Em directo e sem mediação.

Porque é que não vão?



«Imprensa ocidental não estava interessada nos habitantes de Ghouta»
(AbrilAbril, 2018/04/05)

Bothaina Shaaban, conselheira da Presidência síria, destacou o triunfo do Exército sírio em Ghouta Oriental, apesar das «distorções» da imprensa ocidental, tal como ocorreu em Alepo, em 2016.

Numa entrevista concedida esta quarta-feira à noite à TV estatal síria, a assessora política e mediática de Bashar al-Assad disse que a libertação de Ghouta Oriental mostra que o Exército sírio é capaz de vencer em todas as frentes da luta antiterrorista.

Neste sentido, reafirmou que o Exército irá varrer «o terrorismo de todo o território sírio». «[A província de] Idlib, tal como Alepo, Deir ez-Zor, Ghouta Oriental, Daraa e todas as outras cidades sírias, também regressará ao controlo do Estado sírio», salientou.

Por outro lado, deixou expressa a disposição das autoridades sírias para prosseguir com o processo de reconciliação nacional, que permite a combatentes da oposição entregar as armas e integrar-se na sociedade.

Importância do triunfo em Ghouta

Bothaina Shaaban destacou a importância do triunfo do Estado sírio no subúrbio damasceno. Mais ainda num contexto em que, tal como aconteceu em Alepo em 2016, a imprensa ocidental se empenhou na «distorção» daquilo que ali se passava.

«Aquilo que aconteceu antes da libertação de Ghouta é muito semelhante àquilo que ocorreu antes da libertação de Alepo, na medida em que a imprensa ocidental começou a fabricar notícias, de acordo com as quais os habitantes de Ghouta passavam fome e sofriam» as consequências destrutivas do cerco movido pelo Exército aos terroristas, disse Shaaban, citada pela agência SANA.

No entanto, sublinhou a conselheira presidencial, «essa comunicação social não estava interessada nos habitantes de Ghouta mas, sim, em proteger os seus instrumentos, os seus gangues e organizações terroristas».

Lidar com as sequelas do terrorismo

Os problemas sociais decorrentes da «humilhação» a que foram sujeitos os habitantes de Ghouta Oriental, durante a ocupação terrorista, também estiveram em destaque. Bothaina Shaaban afirmou que muitas mulheres sofreram abusos por parte de elementos extremistas e que, actualmente, existem dezenas de crianças sem identidade.

Para lidar com este problema grave e inscrever os menores na escola, o presidente sírio, Bashar al-Assad, decretou a criação de uma comissão, integrada por 11 ministros, revelou Shaaban, acrescentando que «há equipas de especialistas a trabalhar noite e dia com o objectivo de ajudar as pessoas a ultrapassar os momentos difíceis que viveram [em Ghouta]»

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário ficará disponível após verificação. Tentaremos ser breves.