E não, não é um, nem dois, nem meia dúzia de sites racistas, xenófobos, misóginos, fundamentalistas cristãos de extrema-direita a afirmarem-no, é o resultado de uma busca sobre "womens are evil?" ou "jews are evil?" ou "muslims are evil?". É a "realidade" apresentada por um motor de busca com base num algoritmo feito para reproduzir e ampliar o senso comum.
E não, não vou afirmar nem defender as teses do único culpado, do principal culpado ou sequer a de um dos principais culpados pela proliferação da ignorância. Não vou acusar um algoritmo pela vitória do trumpismo nos estados-unidos, nem do òrban na hungria ou dos 47% de neo-nazis austríacos. Mas importa perceber que faz mossa, faz muita mossa, e não se trata de um erro do algoritmo, muito pelo contrário, é o seu excelente funcionamento, é a sua capacidade de apresentar os resultados mais consultados pela maioria dos utilizadores
Importa perceber que a direita construiu cuidadosamente um império de reprodução e ampliação do que de mais inumano existe no ser humano e que pelas esquerdas ninguém deu por nada. Importa perceber que a direita cumpriu o seu papel e está agora a colher os frutos. Importa perceber que a classe dominante aplaude, incentiva e financia esse império reprodutor da ideologia dominante, da mentira, da inverdade, dos pseudo-factos fabricados virtualmente. Importa começar a fazer mais pela proliferação do bom senso e da verdade dos factos.
É assim tão difícil?
A fábrica de mentiras da CIA finalmente reconhecida pelo próprios
ResponderEliminarO Avante sobre o mesmo artigo do Guardian
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