2016/12/12

O Dia em que o PPC Deixou de Servir

Um amanhã sem os coisos
Até há bem poucos dias, o Coiso Coelho papagueava em todos os púlpitos da nação as maiores enormidades, sem contraditório e com caixas de ressonância a ampliar o ruído.

Há ano e meio era o sound byte do vencedor de eleições. Ele tinha ganho, ele tinha de governar. Sem maioria na AR para aprovar os seus orçamentos predatórios. Orçamentos quatro vezes chumbados por nove inconstitucionalidades e meia. Revelava a mais absoluta ignorância sobre o sistema politico português. Sobre um sistema onde encabeçou o governo com mais orçamentos rectifictivos da história da democracia. Revelava não saber ter participado numas eleições para a Assembleia da República. Julgava que tinha ido a eleições para Primeiro Ministro. Ignorava o facto de em Portugal os cidadãos elegerem três orgãos de soberania, o Presidente da República, as Autarquias e a Assembleia da República. Revelava ignorar que o Primeiro Ministro é chamada a formar governo de acordo com a vontade expressa da maioria dos deputados eleitos. Ignorava ele e o então inquilino do Palácio de Belém. Mas as caixas de ressonância forneceram-lhe os palcos possíveis e impossíveis, as lotações esgotadas e as casas vazias, os comentadores e os comentadeiros. A ladainha do governo ilegal durou quase um ano.

Falhado o recurso à mais reles vigarice, mesmo depois de mil vezes repetida, veio a idade das calamidades.

A "Geringonça" não durava três meses e ia ser a catástrofe. Vai entrar no segundo ano.

O orçamento de 2016 não passava em Bruxelas. Passou, depois de muita chantagem e persporrência neo-liberal, mais shauble menos junker, passou.

As taxas de juro iam subir para valores estratósféricos, era a bancarrota, ia ser o caos. Baixaram.

Afirmava à SIC "O país perde competitividade, não atrai investimento externo e não está a crescer o que devia". Investiram, e continuaram a investir, e investiram outra vez e mais uma vez, e outra vez.

Em Setembro vinha aí o diabo. O PIB cresceu, o desemprego baixou.

Foi um ano a acertar ao lado nas previsões da bola de cristal.

O Presidente da CGD!!! Ai Ai Ai. A CGD!!! Ai a CGD!!! Foi de facto onde se revelou o PS no seu melhor. Leia-se "no seu pior". O António Costa nomeia um individuo que se julga acima da lei para ganhar meio milhão ao ano fora benesses e prémios de jogo. Não o deixaram ficar acima da lei, demitiu-se e foi à sua vida.

Hoje começou o principio do fim do Coiso Coelho. Os donos do Coiso cansaram-se de lhe dar corda, estão a tirar-lhe o tapete antes da antecipada hecatombe autárquica.

O Correio da Manha acusa-o de ter vendido diamantes a Angola abaixo do valor de mercado, dias antes de se mudar para Massamá. Diamantes ? Não, não vendeu diamantes, vendeu uma quota portuguesa numa empresa de diamantes, mas sabemos que para o Correio da Manha isso são pormenores. Relevante é notar que hoje a capa não foi o Trócaste Vigaro-de-Serviço, foi o Coiso Coelho Novo-(quase?)-Vigaro-de-Serviço.

O Expresso Diário diz que o Coiso Coelho está cercado e que já há muito gato a lutar pelo lugar ao sol.

A capa do I reproduz um recado de Guilherme Silva, ex-lider paralamentar do PSD.

O porta voz da sonae afirma na capa que o "Governo Passos Congelou Alertas das Finanças até Perto das Eleições".

Às 20:45 desta noite o telejonal da familia bolsanamão promove Rui Rio de ex-Presidente da Camâra do Porto, a estadista que propoem ... um novo imposto. Imposto sobre o capital? Sobre as mais valias? Sobre as grandes fortunas? Não, nada disso. Um imposto dos que os bolsanamão gostam. Mais um democrático imposto sobre todos os portugueses, mais um daqueles que vão taxar todos os rendimentos, excepção feita aos que conseguirem apanhar o avião para o Panamá ou a fibra óptica para as Ihas Virgens onde eles guardam as poupanças.

O rei morreu, viva  rei, perdão viva o Rio. Só me pergunto se conseguirão trocar o Coiso Coelho pelo Coiso Rio a tempo de evitar a hecatombe das autárquicas.

2 comentários:

  1. Dia Zero da queda. A 6 de Novembro de 2015, uma semana após tomar posse e quatro dias antes de o seu Governo cair, o então PM Coiso Coelho, empossado pela Cavacal figura sem maioria parlamentar de suporte, vendeu a participação do Estado em três minas de diamantes angolanas à Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), o que terá feito o Estado perder cerca de 30 milhões de euros.

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