«Quando se pergunta de onde vem o súbito agravamento da situação internacional em vários focos, no Irão, na Coreia do Norte, no Médio Oriente, a resposta é Trump. Não é o único, mas é o principal. Foi ele que deu carta-branca à monarquia absolutista saudita e a Benjamim Netanyahu, e no dia seguinte, ainda o avião presidencial americano voava de regresso, a Arábia Saudita agravou as hostilidades no Iémen, e voltou-se contra o Qatar, e, em Israel, iniciou-se a mais inútil das escaladas com a deslocação da embaixada americana para Jerusalém em desprezo do direito internacional, e o Exército israelita começou a atirar a matar contra manifestantes em Gaza. Duas cartas-brancas e dois conflitos que imediatamente se agravaram, com Trump a colocar-se do lado sunita de uma velha guerra religiosa e geopolítica contra os xiitas, e a bater palmadinhas nas costas do seu “querido Bibi”, envolvido ele e a sua família em escândalos de dinheiros e benefícios próprios.»
Diz o Pacheco Pereira no Público de hoje. E sim, claro, a primeira coisa que fiz foi pensar muito bem no assunto, porque nestas e noutras coisas, quando estou de acordo com os meus inimigos de classe dá-me logo um estrondo na consciência. E depois de muito pensar, os factos dão-lhe razão: Irão, que sim que não, mas as sanções mantêm-se e a conversa sobe de tom, a RPC já começou a desmantelar o que acordou mas de comida e dólaras nem falar, na Síria lá sacaram os turbantes brancos da enrascada através de Isrsel, no Iémen a AS continua a bombardear, cercar e destruir, e cereja no topo do trump: a embaixada foi mesmo para a capital dos dois estados.
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