A menos de uma semana das eleições no Brasil, o candidato
fascista continua à frente em todas as sondagens.
Hoje
já sabemos como é que o "messias" conseguiu ludibriar uma parte dos
30 milhões de brasileiros arrancados à pobreza extrema por 10 anos de
social-democracia, como é que o neo-fascista captou votos no meio de
estudantes, que só o são porque os governos petistas abriram 18 novas
universidades estaduais, como é que pôs mulheres a votar pela misogenia, negros
pelo racismo e gays pela homofobia.
Hoje
sabemos que o Capital esteve sempre do lado dele, sempre a dar-lhe dinheiro,
propaganda e publicidade fácil. Hoje sabemos que o Capital, quando pôde escolher entre um
democrata socialmente preocupado ou um fascista declarado, optou, hoje tal como
em 1936, pelos fascistas declarados.
Hoje
já podemos dizer abertamente que as igrejas todas, as televisões todas, as das
igrejas do capital e as do Capital com C maiúsculo, com a Record e a Globo à cabeça, fizeram tudo o que foi preciso para limpar o fascismo da cara do
fascista e elevá-lo à categoria de messias com messias no nome.
Hoje
já sabemos como se processam as campanhas negras do século XXI: alimentam-se as
ignorâncias com notícias falsas, aquecem-se as #FakeNews com o fogo dos medos e
deixam-se destilar os ódios no alambique das redes sociais. O capital vai lá
estar para pagar os milhões de pacotes de whatsapp necessários para difundir o
veneno.
Finalmente,
cereja no topo do bolosonaro, os "democratas ", com d pequenino, vão
falar em extremismoS, difusão de #fakeNews pelaS campanhaS dos candidatoS, corrupçõeS, tudo
no plural, tudo bem embrulhado, para, no final, não escolherem o lado democrata da barricada anti-fascista e maquilharem com umas pinceladas de base os resquícios
de fascismo ainda visíveis na cara do "esfaqueado".
O
PT+PCdeB também tem culpas? O PT+PCdeB também errou? Também!
Mas agora, a quente, vamos olhar para Portugal,
vamos ver emergir o alimentar das ignorâncias a esconder a transferência, do
Capital para o Trabalho, de 3 mil milhões de euros, operada nestes últimos três
anos por um governo social-democrata apoiado na esquerda parlamentar.
É a
quente que temos de denunciar como inaceitável a propagação de fotografias de
ladrões sentados no chão e já manietados, substituto contemporâneo dos autos de
fé no Rossio, em que a turba podia satisfazer a violência da sua miséria
arremessando excrementos, e propagar os medos com que os neofascistas aquecem a
ignorância para destilar ódios.
O
dinheiro para propagar a peste já está a escorrer dos bolsos do capital para
comprar os alambiques.
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