Quando no Brasil o fascismo está prestes a chegar ao poder, e toda a democracia mundial, com especial relevância para a lusófona, deveria estar a trabalhar para barrar o caminho ao candidato fascista, recebi no messenger um link para uma noticia sobre as traficâncias do xenófobo governo de extrema-direita italiano.
O tom da "análise", mais preocupado em justificar e explicar défices excessivos do que em desmontar o carácter classista burguês da extrema-direita italiana, já diz muito sobre "quem" provavelmente está por trás do site, mas dois pontos do escrito esclarecem qualquer dúvida sobre a desonestidade intelectual de quem o escreveu e os profundos conhecimentos do "escritor" em contra-informação e aproveitamento das narrativas fake.
Diz-me quem criticas dir-te-ei o fascista que és:
1. Equiparar o palhaço do 5 estrelas italiano com o podemos espanhol é desonesto, e a forma encoberta e passageira como a "coisa" é feita, diz muito sobre os especialistas em propaganda que possam estar por trás deste escrito.
Reescrever a História
2. Afirmar, mais uma vez ao correr da pena, como se fosse uma verdade que nem carece de prova, que o PCI, que de facto integrou os governos de coligação anti-fascista entre 1944 e 47, reconstruiu com a democracia cristã o estado burguês italiano, quando da presença dele, nos governos pós-guerra, a wikipédia nem tem conhecimento, é de uma desonestidade tal que só se pode atribuir aos métodos de reescrita da história que cavalgando as narrativas fake, pretendem perpetuá-las.
Mesmo correndo o risco de lhe dar um protagonismo que nem merece, não posso deixar verificar aqui que o comunicado do POUS cheira a CIA que tresanda.
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