2018/12/09

Venezuela: as eleições que não vão ter lugar

É sabido, conhecido e reconhecido. Se não passou na TV não aconteceu. Isto é, até pode ter acontecido, até pode ser um facto, mas se for silenciado, é como se não tivesse ocorrido.

O mesmo podemos dizer sobre futuros acontecimentos.

Se o Capital estiver interessado em levar a cabo uma primavera árabe, ou uma revolução de veludo, começaremos a ouvir falar nos sentimentos revolucionários, ou nos primaveris despertares dos "povos", meses antes de esses povos terem sequer adormecido, quanto mais acordado ao lado das frescas primas veras.

Vem esta conversa sobre aveludados silenciamentos e invernais primaveras a propósito das eleições "consejales" que vão ter lugar dentro de um mês, com a participação de 50 partidos, na sempre vilipendiada Venezuela.

Alguém ouviu falar? Alguém sabe que vão ter lugar? Alguém ouviu dizer que na Venezuela, pela 20ª vez em 25 anos, o povo vai ser chamado a votar?

Não?

Talvez porque o Capital não quer que o Trabalho saiba?

Talvez porque em 2019 todo o petróleo Venezuelano passará a ser vendido em Petros e nenhum vá ser vendido em dólaras.

Motivos mais do que suficientes para, aqui na Refer&ncia, se fazer propaganda das eleições na Venezuela, com 50 forças politicas e 18 600 candidatos.

Quem vai silenciar e quem vai falar destas eleições? Quem partilha e quem diz que gosta mas prefere ficar em casa a ver se dá na tv? De que lado da barricada vamos estar?

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